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Nova fase da Lava Jato prende ex-gerente da Transpetro por fraude

Empresas e sócios são suspeitos de fazer repasses ilegais para o ex-funcionário da subsidiária da Petrobras

atualizado

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES

A Polícia Federal deflagrou a 47ª fase da Operação Lava Jato nesta terça-feira (21/11). O ex-gerente da Transpetro Antônio de Jesus foi detido em Camaçari, na Bahia. Contra ele, foi expedido mandado de prisão temporária. Outras ordens judiciais estão sendo cumpridas nos estados de Sergipe, Santa Catarina e São Paulo.

Segundo as investigações, os alvos estão envolvidos em um esquema no qual participavam empresas e sócios suspeitos de  fazer repasses ilegais de uma empreiteira para o ex-funcionário da subsidiária da Petrobras em troca de contratos com a estatal.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os ex-gerentes, seus familiares e intermediários são suspeitos de operacionalizar o recebimento de R$ 7 milhões em propinas pagas por empresa de engenharia, entre setembro de 2009 e março de 2014.

As investigações começaram após a colaboração premiada dos executivos da empresa investigada. Segundo os procuradores, há provas indicando que o ex-gerente recebeu suborno para favorecer a empresa em contratos com a Transpetro.

Para ocultar a origem ilícita dos recursos, o valor foi pago por meio de depósitos realizados em contas bancárias de terceiros e familiares, vindo da empresa de engenharia e/ou de seus sócios.
De acordo com os procuradores, o ex-gerente teria pedido, inicialmente, 1% do valor dos contratos da empresa com a Transpetro como propina, entretanto, o acerto final ficou em 5%.

“Este valor foi pago mensalmente em benefício do Partido dos Trabalhadores (PT), de modo independente dos pagamentos feitos pela mesma empresa a pedido da presidência da Transpetro, e que eram redirecionados ao PMDB. O ex-gerente se desligou da subsidiária da Petrobras recentemente”, disse o MPF.

Os crimes investigados na operação são corrupção, lavagem de dinheiro, entre outros. A operação foi batizada de Sothis, referente a uma das empresas investigadas. “A estrela Sirius era chamada pelos egípcios de Sothis”, explicou a PF.

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