Nova denúncia: MPF pede perda de cargo de Witzel e R$ 100 mi de indenização
O governador afastado do Rio, sua esposa e outras 10 pessoas foram acusadas pelo crime de organização criminosa
atualizado
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O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) uma nova denúncia contra o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por organização criminosa. O órgão pede a perda do cargo do político fluminense, além de indenização de R$ 100 milhões.
De acordo com a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, que assina a peça, o grupo atuou nos mesmos moldes existentes em relação às demais organizações criminosas que envolveram os últimos dois ex-governadores fluminenses, na estruturação e divisão de tarefas em quatro núcleos básicos: econômico, administrativo, financeiro-operacional e político.
Foram denunciados: Wilson Witzel, Helena Witzel, Lucas Tristão do Carmo, Gothardo Lopes Netto, Pastor Everaldo, Edson da Silva Torres, Edmar José dos Santos, Victor Hugo Amaral Cavalcante Barroso, Nilo Francisco da Silva Filho, Cláudio Marcelo Santos Silva, José Carlos de Melo e Carlos Frederico Loretti da Silveira (Kiko).
Lindôra requer, além da condenação pelo crime de organização criminosa, a decretação da perda dos cargos públicos, em especial em relação a Wilson Witzel, e que os denunciados sejam condenados ao pagamento de indenização mínima no valor de R$ 100 milhões, correspondentes a R$ 50 milhões por danos materiais e R$ 50 milhões por danos morais coletivos.
“A organização criminosa chefiada por Wilson Witzel é lastreada em três principais pilares, liderados por Mário Peixoto; Pastor Everaldo, Edson Torres e Victor Hugo; José Carlos de Melo”, diz Lindôra Araújo. Segundo a denúncia, o grupo iniciou as atividades em 2017, com a cooptação de Witzel para concorrer ao governo, que recebeu, ainda quando era juiz federal, quase R$ 1 milhão.
Procurada pelo Metrópoles, a defesa do governador afastado informou que ainda não teve acesso à denúncia. “Vamos aguardar esse conhecimento para podermos nos manifestar”, disse a advogada.