“Nós vamos ficar muito tempo no poder”, diz Damares a religiosos
Nove ministros participam, na tarde desta terça-feira (5/10), de simpósio com lideranças evangélicas, em Brasília
atualizado
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A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse, nesta terça-feira (5/10), em evento evangélico, que o grupo político de qual faz parte “vai ficar muito tempo no poder”.
“Parte dos ataques que sofri, acreditem, foi porque eu sou evangélica e pastora. E o recado foi dado: ‘Não aceitamos vocês ainda’. Mas o recado está dado: é melhor ir se acostumando, porque nós vamos ficar é muito tempo no poder”, disse a ministra em discurso.
O Simpósio Cidadania Cristã, promovido pela Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab) em Brasília, recebe ministros de Estado, parlamentares e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O evento é realizado na Igreja Batista Central, na L2 sul.
A ministra Damares apresentou aos pastores evangélicos alguns programas de sua pasta e reforçou que não é “feminista, comunista ou de esquerda”. Ela foi precedida por discursos de outros ministros e do pastor presbiteriano André Mendonça, nome indicado pelo presidente Bolsonaro a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Estavam presentes no evento os ministros Milton Ribeiro (Educação), Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Marcelo Queiroga (Saúde), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União). A primeira-dama Michelle Bolsonaro, que é evangélica, também estava acompanhando o encontro.
Entre as lideranças políticas do Congresso, estava o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP).
Aliança pelo Brasil
Enquanto os ministros e o presidente da República participam do evento dentro da igreja, um grupo de cerca de cinco apoiadores com camisas do Aliança pelo Brasil estavam na portaria com pranchetas para recolher assinaturas de apoiadores para formar o partido de Bolsonaro.
O próprio mandatário já admitiu que o Aliança não deve sair do papel a tempo das eleições de 2022, já que o número de assinaturas para registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não deve ser alcançado.