“Nome é indevido”, diz Damares sobre “gabinete paralelo” de Bolsonaro
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos esteve em São Paulo nesta segunda para cumprir agenda em uma cerimônia na Alesp
atualizado
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São Paulo – A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, esquivou-se nesta segunda-feira (14/6) ao ser perguntada sobre a atuação do “gabinete paralelo” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Eu acho que o nome é indevido. Eu acho que está tendo uma questão bem pejorativa. Eu não vi gabinete paralelo, eu não vi”, disse.
O “gabinete paralelo” foi revelado em reportagem do Metrópoles no início deste mês. Trata-se de um grupo de especialistas aliados do presidente Bolsonaro que se reuniu presencialmente para, entre outros pontos, desaconselhar a aplicação de vacinas contra a Covid-19. A CPI da Covid investiga a articulação desses conselheiros.
Ao ser perguntada novamente sobre o tema, Damares deixou o local sem responder. A ministra esteve em São Paulo para participar de uma cerimônia na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) a convite da deputada Valéria Bolsonaro (sem partido), e realizou uma reunião virtual com deputados da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiências Raras.
Damares também se recusou inicialmente a falar da “motociata” de Bolsonaro, realizada no sábado (12/6) em São Paulo. No entanto, disse que o ato, em que as pessoas se aglomeraram, muitas delas sem máscara, foi “lindo, gigante e extraordinário”.
“Mito extraordinário”
Neste domingo (19/6), estão marcados protestos contra Bolsonaro em diversas capitais e cidades do país. A ministra minimizou a importância dessas manifestações.
“O presidente só cresce em popularidade, é um fenômeno, ele é um mito, extraordinário, e isso ninguém tira dele. Não tem como tirar dele. É um governo que acertou muito em todas as áreas”, ressaltou.