Noiva morta em acidente sonhava chegar de helicóptero ao casamento
Apenas o organizador da festa sabia da surpresa. Coube a ele dar a notícia ao noivo, que esperava a futura mulher no altar
atualizado
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Chegar de helicóptero em seu casamento era o sonho da paulista Rosemeire Nascimento Silva. A revelação foi feita pelo dono do buffet e responsável pela organização da festa, Carlos Eduardo Batista. O noivo a aguardava no altar quando soube do acidente com a aeronave, que matou a sua futura mulher, o irmão dela (Silvano Nascimento da Silva), a fotógrafa do casamento (Nayla Cristina Neves Lousada), que estava grávida, e o piloto (Peterson Pinheiro).
O acidente ocorreu neste domingo (4/12), em São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo. No horário do acidente, a região tinha tempo encoberto, com neblina, chuva fraca e baixa visibilidade, segundo os institutos de meteorologia – situação que dificulta voos.
Surpresa
“O noivo não sabia que ela chegaria de helicóptero. Seria uma surpresa para ele e para todas as pessoas da festa. Todas as noivas têm um sonho e o dela era chegar de helicóptero a seu casamento sem que ninguém soubesse”, disse Carlos, um dos poucos que sabiam da surpresa para poder organizá-la.
Carlos disse que estranhou quando o helicóptero não pousou no campo de futebol do sítio e procurou a empresa responsável pela aeronave. “O dono disse que o helicóptero já tinha subido e que já deveria ter chegado”. “Pouco depois, ele mesmo me disse que uma aeronave tinha caído, mas que não imaginava que seria a sua própria”, completou.
Quando recebeu a confirmação da queda e das mortes, Carlos comunicou primeiramente o noivo. “Chamei o pastor que estava na cerimônia e ele foi comigo comunicar para tentar acalantar o noivo. Ele ficou em estado de choque. Depois, os demais convidados [cerca de 300] souberam e ninguém sabia como agir. Foi uma tragédia.”
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a aeronave estava com inspeção válida até 16 de dezembro, que o certificado de aeronavegabilidade estava normalizado e que poderia voar até dia 1º de fevereiro de 2017 e, ainda, que a capacidade era de 3 pessoas, sem contar o piloto.