No Twitter, Witzel culpa usuários de drogas por morte de Ágatha
O governador alega que o “objetivo da política de segurança é dar material humano, equipamentos e verba para as polícias agirem”
atualizado
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Após pronunciamento feito no Palácio Guanabara, no início da tarde desta segunda-feira (23/09/2019), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), publicou em sua conta oficial do Twitter que a a morte com um tiro pelas costas de uma menina de 8 anos, na Fazendinha, no Complexo do Alemão, “se tornará um estudo de caso da Polícia Militar para que não ocorra novamente em nenhum local do Rio de Janeiro”.
Witzel, que na coletiva de imprensa defendeu a política de segurança baseada em enorme impulso à repressão adotada por ele desde o início do mandato e em nenhum momento sentiu necessidade de pedir desculpas por algum erro de condução ou mesmo por um problema pontual de ação policial, afirmou que os responsáveis pela morte de Ágatha Vitória Sales Félix, 8 anos, na última sexta-feira (20/09/2019) são aqueles que “usam substâncias entorpecentes de forma recreativa”.
Aqueles que usam substâncias entorpecentes de forma recreativa, façam uma reflexão. Vocês são responsáveis pela morte da menina Ágatha: vocês que usam maconha e cocaína e dão dinheiro para genocidas.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) September 23, 2019
O governador acrescentou que o “objetivo da política de segurança é dar material humano, equipamentos e verba para as polícias agirem. Mas não cabe a mim dizer como elas devem trabalhar, cabe a mim cobrar resultados”.
Witzel disse, em coletiva, que vai se reunir com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na próxima quarta-feira (25/09/2019). Ele defendeu o pacote anticrime proposto pelo ex-juiz. “É um pacote importante para o país. O futuro será bem melhor que o passado que herdamos de governos anteriores”, analisou. Um dos principais itens do grupo de propostas para tentar diminuir a violência no país é o chamado “excludente de ilicitude”, um mecanismo destinado a dar mais segurança a agentes das forças de segurança na hora de “confrontos com criminosos”.