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No Japão para o G7, Lula se reúne com primeiro-ministro da Austrália

Presidente Lula está em Hiroshima como convidado para o G7, e terá ao menos sete encontros bilaterais durante evento no Japão

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Ricardo Stuckert/PR
Lula e Albanese no Japão
1 de 1 Lula e Albanese no Japão - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve o primeiro encontro bilateral no Japão, nesta sexta-feira (19/5), com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese. Lula está em Hiroshima como convidado para a Cúpula do G7, grupo que engloba sete das mais importantes economias do mundo.

Esta foi a primeira agenda de Lula com o chefe de governo australiano. No encontro, que durou cerca de meia hora, às 16h45 no horário local (4h45 em Brasília), os líderes falaram sobre a ampliação das relações entre o Brasil e a Austrália, com destaque para a pauta ambiental e os direitos trabalhistas.

O mandatário brasileiro reforçou que o governo prioriza a proteção do meio ambiente e a biodiversidade, e mencionou os investimentos australianos na produção de hidrogênio verde no estado do Ceará que, segundo ele, complementam a matriz energética brasileira, que “já é bastante limpa”.

Lula também lembrou ao premiê australiano que, como ambos são políticos de origem trabalhista, é importante pensar em maneiras de promover novas relações entre capital e trabalho, inclusive para evitar a precarização gerada pelas novas tecnologias e fortalecer os sindicatos, “a exemplo do que aconteceu na reforma trabalhista da Espanha”.

Eles também conversaram sobre futebol feminino, e o premiê australiano fez um convite à Lula e à primeira-dama, Janja da Silva, para que visitem a Oceania durante a Copa do Mundo de Futebol Feminino na Austrália e Nova Zelândia, em julho deste ano. O petista não confirmou a agenda, mas frisou interesse em conhecer o país.

Veja:

Agenda em Hiroshima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está no Japão para participar da cúpula anual do G7, que é uma espécie de clube dos países ricos formado com o intuito de discutir questões geopolíticas globais.

O chefe do Executivo federal deve marcar presença nos debates gerais e em ao menos sete encontros reservados com outros líderes. O Brasil não era convidado para o evento desde 2009.

O líder brasileiro tem como grande trunfo a agenda das mudanças climáticas, com promessas e pedidos de recursos para preservar a Floresta Amazônica. Lula também deverá insistir em buscar apoio internacional com o objetivo de interromper a Guerra da Ucrânia, que já dura mais de um ano.

O mandatário brasileiro terá reuniões reservadas ainda com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida; com o presidente da Indonésia, Joko Widodo; com o presidente da França, Emmanuel Macron; com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz; com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh; e com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

No domingo, às 17h (5h no Brasil), Lula terá ainda um encontro com um grupo de empresários japoneses e integrantes do banco de financiamento JBIC. Participarão representantes dos conglomerados Mitsui, NEC, Nippon Steel e Toyota.

O titular do Planalto embarca para Brasília na segunda-feira (22/5). Antes (às 20h do domingo, no horário de Brasília), dará entrevista coletiva a jornalistas do Brasil e do mundo.

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