No G20, Haddad cita RS e cobra ação global contra mudanças climáticas
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse que encontro com os líderes mundiais ocorre em momento crítico de tragédias ambientais
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul ao discursar, nesta quarta-feira (24/7), no Rio de Janeiro, na abertura de um evento conjunto do G20 e da COP28, realizada em 2023 nos Emirados Árabes Unidos. Ele ainda defendeu uma ação global contra as mudanças climáticas.
“(Nós) nos reunimos em um momento crítico. Tragédias ambientais, como as inundações que devastaram o estado brasileiro do Rio Grande do Sul, provam que a urgência de agir contra a mudança do clima nunca foi tão grande, e a necessidade de um esforço global coordenado nunca foi mais evidente”, disse ele.
O ministro participou do evento “Emirados Árabes Unidos COP28-G20 Brasil Finance Track: Tornando o financiamento sustentável, disponível e acessível”.
Em seguida, Haddad citou o Plano de Transformação Ecológica tocado por sua pasta e classificou o programa de “ambiciosa iniciativa”. O plano abrange políticas e investimentos destinados a descarbonizar a indústria brasileira, promover a agricultura sustentável, proteger a biodiversidade e fomentar a inovação verde no país.
“No entanto, nossos esforços nacionais não são suficientes. A mudança climática é um desafio global e requer uma resposta global”, prosseguiu.
O ministro alertou que, caso o aquecimento global não seja mantido bem abaixo de 2ºC, até 2050 cerca de 4,4% do PIB mundial poderá ser perdido anualmente, na ausência de medidas de adaptação.
Ele pediu, então, “financiamento maciço” para os desafios climáticos e do desenvolvimento sustentável global.
Nesse sentido, Haddad defendeu o fortalecimento das instituições financeiras, para apoio aos países em desenvolvimento, e também pediu um maior engajamento do setor privado em tecnologias verdes e infraestrutura sustentável.
“Isso inclui desenvolver instrumentos financeiros inovadores, como títulos verdes e mecanismos de ‘financiamento misto’, que possam atrair capital privado em larga escala”, completou.