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No Brasil, março termina com 1 morte por Covid a cada 40 segundos

Em momento crítico, país tem o pior mês da pandemia. Março registrou 66.573 óbitos pela doença

atualizado

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Movimentação no cemitério da Vila Formosa, zona leste de São Paulo, na manhã de segunda-feira, 15 de março (4)
1 de 1 Movimentação no cemitério da Vila Formosa, zona leste de São Paulo, na manhã de segunda-feira, 15 de março (4) - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Nos últimos 31 dias, a cada 40 segundos, 1 brasileiro perdeu a vida pela Covid-19 no Brasil. O mês de março, o pior da história da pandemia no país, termina com índice assustador: foram registrados 66.573 óbitos. Até então, os dias mais “trágicos” tinham ficado para trás, em julho de 2020, quando 32.881 brasileiros morreram com a doença, uma média de 1.060 por dia.

O alto número foi impulsionado por vários recordes ao longo das últimas semanas: em pelo menos 4 dias, o país contabilizou mais de 3 mil mortes diárias e as médias móveis chegaram a taxas nunca vistas. Nesta quarta-feira (31/3), por exemplo, o índice foi a 2.977, o mais alto desde a chegada do Sars-CoV-2 por aqui.
Tarcísio Marciano da Rocha Filho, professor do Instituto de Física e um dos membros de um grupo de pesquisa interdisciplinar que abarca várias universidades brasileiras para estudar o avanço da Covid-19 no país, já havia alertado, em entrevista ao Metrópoles, sobre o aumento de óbitos e casos no primeiro semestre de 2021. “Vamos começar este ano com números preocupantes, e a tendência é crescer ainda mais. A previsão é um novo pico para março e abril, que vai ser ainda mais complicado do que já vivemos.”
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Paciente internado em Goiânia
Paciente com Covid-19 chega para ser atendido em Goiânia
Registro de entrada de paciente no Hospital de Campanha de Enfrentamento ao Coronavírus (HCamp), em Goiânia
Pacientes com Covid-19 sofreram com a falta de leitos de UTI e de oxigênio, em Manaus (AM), no início deste ano
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Paciente com Covid internado em Goiânia

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Paciente internado em Goiânia

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Paciente com Covid-19 chega para ser atendido em Goiânia

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Registro de entrada de paciente no Hospital de Campanha de Enfrentamento ao Coronavírus (HCamp), em Goiânia

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Pacientes com Covid-19 sofreram com a falta de leitos de UTI e de oxigênio, em Manaus (AM), no início deste ano

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Movimentação no Hospital de Base

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O projeto tem como público-alvo crianças e adolescentes que ficarão órfãos devido à Covid-19

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Cemitério Vila Formosa

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Enterro de vítimas da Covid-19 em cemitério de Goiânia, goiás

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Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus (AM)

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Cemitério em Manaus, no Amazonas, no auge da pandemia de Covid-19 no estado

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Cemitério em Manaus, no Amazonas, no auge da pandemia de Covid-19 no estado

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Além disso, o caos na Saúde, as longas filas de espera por leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e a vacinação a passos lentos contribuíram para o trágico mês no país.

Pelo Twitter, o doutor em virologia Atila Iamarino, que virou referência no assunto, ressalta a preocupação com o futuro. “Semana a semana batemos as piores projeções. O que nos aguarda em abril?”, questionou. “Mais dois dias e retomamos do México o 2º lugar em mortes absolutas. Nesse ritmo diário, podemos passar até os EUA em alguns meses.”

Média móvel

Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem apresentar variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.

Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete.

O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.

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