No Brasil, fome é maior em domicílios na área rural do que na urbana
Dados da Pnad Contínua 2023 mostram que a fome é mais acentuada na área rural do país, afetando 1,649 milhão de moradores
atualizado
Compartilhar notícia
No Brasil, a fome é maior em domicílios localizados na área rural do que daqueles na área urbana. Dos 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes no país, 68,852 milhões ficam nas cidades e 9.471 milhões ficam no campo.
Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Segurança Alimentar 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25/4), a proporção de residências em situação de insegurança alimentar grave no campo corresponde a 520 mil (5,5% dos domicílios na área rural), contra 2,684 milhões domicílios na cidade (3,9% dos domicílios na área urbana).
Tal quadro de insegurança alimentar grave afeta 1.649.000 moradores da zona rural e 7.021.000 moradores da zona urbana.
Porém, o percentual de domicílios da área rural com insegurança alimentar moderada ou grave foi o menor da série histórica, 12,7%.
Por outro lado, 50.502.000 domicílios na cidade (134.809.000 moradores) estão em situação de segurança alimentar. Outros 6.202.000 domicílios no campo (17.160.000 moradores) também apresentam condições necessárias e ideias para alimentação.
3,2 milhões domicílios apresentam quadro de “fome”
O Brasil tem 78,3 milhões domicílios particulares permanentes. Destes, 56.689.200 (72,4%) apresentam situação de segurança alimentar, contra 21.610.800 com algum grau de insegurança alimentar (27,6%).
Entre as 21,6 milhões de residências com privação de comida, observa-se os seguintes graus:
- Leve: 14.250.600 (18,2%)
- Moderada: 4.149.900 (5,3%)
- Grave: 3.210.300 (4,1%)
Ao todo, 3,2 milhões domicílios apresentam situação de fome. Entre as residências com grau de insegurança alimentar grave, 2.338.920 têm até três moradores; 778.572 têm de quatro a seis moradores; e 83.304 têm sete ou mais moradores.