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São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira (11/1) que voltou a fazer um apelo para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenha senso de urgência para a aprovação de vacinas contra a Covid-19.
“Não podemos esquecer que o Brasil está perdendo mil vidas. São cinco aviões lotados que caem todos os dias. Não é razoável que processos burocráticos se sobreponham à vida”, afirmou em coletiva.
Na última sexta-feira (8/1), o Instituto Butantan pediu à Anvisa autorização para o uso emergencial da Coronavac. O órgão federal, no entanto, solicitou informações complementares para avaliar se libera ou não o imunizante no país. O prazo para que saia o parecer é de 10 dias, a partir da data do pedido.
Doria fez um apelo ao governo federal e ao Ministério da Saúde. “Mais de 60 países estão vacinando. Aqui, estamos vacilando, e não vacinando”, disse. O governador também questionou se alguém sabe quando o país planeja iniciar o Programa Nacional de Imunizações. “Alguém sabe quando o Brasil vai vacinar? Ninguém sabe”, respondeu.
Para ele, “é hora de termos compaixão, colocarmos também o sentimento acima de qualquer discussão de ordem política e ideológica”.
Desde quinta-feira (7/1), o estado e o governo federal, por meio da Anvisa, têm trocado farpas em relação à autorização emergencial para a Coronavac. Minutos depois de o Instituto Butantan anunciar que havia feito o pedido, a Anvisa divulgou uma nota na qual negou que a requisição havia sido feita.
Desde então, a agência tem reclamado da falta de documentação para analisar o pedido e o governo tem questionado a burocratização. “Burocratizar para quê? Para servir a qual interesse? Estamos em um país vitimado pela Covid-19, que já perdeu mais de 200 mil vidas”, afirma Doria.
O governador ressalta que São Paulo mantém o calendário de vacinação com início no dia 25.