No Brasil, 1,4 milhão de pessoas possuem direitos políticos suspensos
Número de eleitores que não podem votar ou ser votados, segundo dados do TSE, cresceu 59% nos últimos cinco anos
atualizado
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, na manhã desta quarta-feira (1º/8), os dados do perfil do eleitorado brasileiro para as eleições gerais deste ano. Segundo o levantamento, 143,7 milhões de pessoas estão aptas a votar no pleito de 2018. Já o número de pessoas com os direitos políticos suspensos chega a 1,4 milhão.
O número representa um aumento de 59%, nos últimos cinco anos, do número de eleitores que não podem votar ou ser votados. Em 2013, levantamento do TSE apontou que o grupo das pessoas com direitos políticos suspensos era de 883 mil.
São quatro as causas para a interdição dos direitos políticos: incapacidade civil absoluta, condenação criminal com trânsito em julgado, descumprimento de obrigação imposta a todos — como o serviço militar obrigatório –, e condenação por improbidade administrativa. Além de não poderem votar nem serem votadas, essas pessoas também não podem se filiar a partidos nem assumir cargo público ou liderança sindical.
Crescimento do eleitorado
Os dados divulgados pelo TSE nesta quarta também apontam que o eleitorado brasileiro cresceu 3,14% em relação às últimas eleições gerais, em 2014, de 142,8 milhões de eleitores para 147,3 milhões, em 5.570 municípios do Brasil e 110 países do exterior.
Desse total, a maioria é do gênero feminino, que representa 52,5% (77,3 milhões) do eleitorado brasileiro atual. As estatísticas também trazem números quanto à utilização de nomes sociais por trans ou travestis. Neste ano, 6.280 pessoas escolheram essa opção.
A maioria dos eleitores brasileiros tem entre 45 e 59 anos (24,26% do total), seguidos dos que têm entre 21 e 34 anos (21,15%). Já o número de eleitores jovens entre 16 e 17 anos — para os quais o voto é facultativo — caiu de 2014 para cá, de 1,6 milhão para 1,4 milhão, redução de 14%.
Para o pleito deste ano, 50% dos aptos a votar já serão identificados pela biometria, crescimento de 239,92% em relação a 2014. Quanto à escolaridade, a maioria do eleitorado possui ensino fundamental incompleto (25,8% do total). O maior colégio eleitoral é a cidade de São Paulo, com 33,04 milhões para eleitores. Já o menor é o município de Serra da Saudade (MG), no qual 941 pessoas estão aptas a votar no pleito deste ano.
Na manhã desta quarta (1º), o TSE também inaugurou o Centro de Divulgação das Eleições (CDE). Localizado no edifício-sede da Corte, o espaço vai abrigar jornalistas que desejam cobrir as eleições deste ano. Em discurso durante o evento, o presidente do TSE, ministro Luiz Fux, ressaltou a importância do trabalho da imprensa no combate às notícias falsas. “O jornalismo profissional não tem me faltado em nenhum dos segmentos que nos chama atenção”, afirmou.
Distrito Federal
O TSE também divulgou nesta quarta os dados do eleitorado nas unidades federativas. No Distrito Federal, estão aptos a votar 2.084.356 pessoas. Os números representam crescimento de 9,8%. Desse total, 53,8% são mulheres, 35,2% têm entre 30 e 44 anos, e 29,3% possuem ensino médio completo. A capital federal também está bem acima da média nacional quanto à identificação por biometria: 99,72% dos eleitores estão cadastrados nessa modalidade.