Nível de oxigênio é crítico em seis estados, diz Ministério da Saúde
Informação foi dada pelo diretor de Logística da pasta durante reunião do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covi-19 (Giac)
atualizado
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Monitoramento feito pelo Ministério da Saúde aponta que seis estados apresentam situação crítica em relação ao nível de oxigênio medicinal disponível, com o aumento de internações por Covid-19 no país.
O diretor de Logística da pasta, general Ridauto Fernandes, disse, em reunião com representantes da empresa White Martins e com o Ministério Público Federal (MPF), que a situação é mais preocupante no Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte.
Além disso, Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão em estado de atenção.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19 (Giac) discutiu as dificuldades para produzir e distribuir o oxigênio medicinal. A White Martins informou que a demanda por oxigênio medicinal chegou a crescer 300% em alguns locais.
Ridauto disse também que estão em curso tratativas para aumentar a produção de cilindros e para instalar concentradores de oxigênio.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai centralizar e monitorar os dados de consumo em todo o Brasil, informou o diretor de logística do Ministério da Saúde.
Nessa sexta-feira (19/3), a Anvisa publicou uma resolução com medidas que abrem exceções temporárias para o uso de cilindros (também chamados de balas) de oxigênio na área da saúde pública.
Agora, balas de gases industriais poderão ser preenchidas com gás medicinal. Ou seja, poderá ser usado cilindro cinza, ao invés do verde, para a substância. Para isso, as empresas devem atender alguns critérios de qualidade e limpeza e rotulagem adequada para o gás medicinal.
No auge da crise da pandemia de Covid-19 em Manaus (AM), em janeiro deste ano, familiares de pacientes internados com a doença chegavam a pintar de verde os cilindros de uso industrial para reabastecer o equipamento.
O Ministério da Saúde ainda está coordenando o transporte para os estados em situação mais grave, como Rondônia e Acre, com uso de aviões da Força Aérea (FAB).