Nazismo: Federação Israelita do Rio vai à Justiça contra Monark
Em nota, entidade repudia discurso do influenciador e afirma que vai adotar as medidas judiciais cabíveis
atualizado
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Rio de Janeiro – A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) afirma que repudia com veemência a fala do youtuber Monark, reproduzida recentemente no canal Flow Podcast, e vai adotar as medidas judiciais cabíveis contra o influenciador, que deverá ser processado.
“A essa altura da história da humanidade, já deveria estar claro que defender um suposto direito de cometer assassinatos em série não é o mesmo que defender a liberdade de expressão. Palavras e ideias são o berço das ações e, por esse motivo, para resguardar a vida, a lei brasileira proíbe a apologia ao nazismo”, diz a entidade em nota, assinada por Alberto David Klein, presidente da entidade.
O objetivo da Fierj, ao acionar as autoridades, é reprimir este e qualquer outro incidente semelhante. Outras entidades também manifestaram repúdio contra o influenciador.
A Federação Israelita do Estado de São Paulo publicou nota em que contestou “de forma veemente esse discurso e reitera o compromisso em combater ideias que coloquem em risco qualquer minoria”. “Manifestações como essa evidenciam o grau de descomprometimento do youtuber com a democracia e os direitos humanos”, destaca o texto.
Ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas. Racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão.@tabataamaralsp perfeita na resposta, mas um detalhe: nazismo é contra a existência não só de judeus, mas de todos os “diferentes” pic.twitter.com/jfVHhYf3Hr
— Judeus pela Democracia – Oficial (@jpdoficial1) February 8, 2022
Respeitosamente, o convidamos a visitar o Museu do Holocausto de Curitiba. Será um prazer recebê-lo, @monark! Venha!
Aqui, você perceberá que o nazismo foi muito além de pessoas exercendo, em suas palavras, o “direito de serem idiotas”.
+ pic.twitter.com/joiuoW0cou— Museu do Holocausto (@MuseuHolocausto) February 8, 2022
A Confederação Israelita Brasil também condenou de forma veemente a defesa da existência de um partido nazista no Brasil e o “direito de ser antijudeu”. “O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera ‘inferiores’. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias”, diz o texto.
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