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Naufrágio: vítima estava preocupada com peso do navio, diz filho

Morto no naufrágio do Concórdia estava apreensivo com o peso da carga e pediu à família orações como forma de proteção para fazer viagem

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reprodução TV Globo
Marcos Antônio Viana Coragem, tripulante morto em naufrágio
1 de 1 Marcos Antônio Viana Coragem, tripulante morto em naufrágio - Foto: reprodução TV Globo

Marcos Antônio Viana Coragem, de 58 anos, é uma das quatro pessoas que perderam a vida no naufrágio do navio Concórdia, ocorrido no último domingo (15/9). O filho, Airton Coragem, contou que o pai havia pedido orações, preocupado com o peso da carga na embarcação.

Segundo Airton, seu pai conversou com a mãe e pediu orações, expressando sua preocupação em embarcar no navio. “Ele [Marcos Antônio] falou com a minha mãe, que é cristã, feito a nossa família. Ele sempre pedia oração. Mas, dessa vez, estava preocupado. Ele disse: ‘Ora por mim, porque está feia a situação, está muito pesado o navio, está com excesso de carga. E ora por mim porque a gente está preocupado, está com medo'”, contou Airton à TV Globo.

Marcos Antônio, assistente de máquinas com mais de 30 anos de experiência no transporte marítimo de cargas, já havia sobrevivido a dois naufrágios, incluindo um em Fernando de Noronha. Outra vítima do recente naufrágio é Marcos Antônio Ribeiro, de 67 anos, chefe de máquinas do navio, que residia na Paraíba.

“Eu que vou buscar saber deles. Eu que vou atrás. Antes vou ter que reconhecer o corpo do meu pai. Minha mãe está ali, meus irmãos. A gente está sem condição nenhuma. Triste, um absurdo”, contou Airton.

O Concórdia naufragou na noite de domingo (15/9) quando navegava para Fernando de Noronha, transportando 180 toneladas de materiais de construção e alimentos, na sua carga máxima. A empresa responsável, AGS Fretes Marítimos, afirmou, no entanto, que não havia excesso de peso e que a embarcação pesava cerca de 120 toneladas no momento do acidente.

O advogado da empresa, Jadson Borges, informou que o navio afundou por um defeito no leme.

Sem condições de viajar

O comandante do Concórdia, Edriano Gomes de Miranda, é um dos desaparecidos. Sua esposa, Bruna da Silva, relatou que ele havia enviado mensagens mencionando problemas na embarcação, incluindo a quebra do leme há um mês, o que deixou os tripulantes preocupados. Segundo Bruna, o comandante acreditava que o navio não estava em condições de realizar a viagem.

Balanço da Marinha

  • Quatro tripulantes morreram;
  • Quatro foram resgatados com vida;
  • Um segue desaparecido.

Nomes dos sobreviventes resgatados

  • Edvaldo Baracho da Silva;
  • Marcelo Cláudio da Conceição Freitas;
  • Mozart Gomes da Fonseca;
  • Valcei Gomes da Costa.

Ainda não foi informado o nome dos quatro tripulantes mortos.

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