NatGeo, Unesco e governo francês querem ajudar Museu Nacional
Presidente da primeira instituição se reuniu nesta terça-feira com embaixador do Brasil em Washington (EUA) para tratar sobre incêndio no RJ
atualizado
Compartilhar notícia
Representantes de duas instituições internacionais, além do governo da França, já ofereceram ajuda para reconstruir ou recompor o acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, prédio de 215 anos destruído em um incêndio na noite de domingo (2/9). As informações são do Jornal Nacional, da TV Globo.
Em reunião nesta terça-feira (4/9) com o embaixador do Brasil em Washington (EUA), Sergio Amaral, o diretor-executivo da National Geographic Society (NatGeo), Gary Knell, ofereceu apoio da entidade para a reconstrução do prédio, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Segundo ele, a instituição pode oferecer tanto auxílio financeiro quanto parte de seu acervo, focado na história natural e antropologia.
“Eles estão preparando uma oferta ao governo brasileiro para reunir parte de seu acervo, que é muito grande em história natural, e se colocaram à disposição até para fazer a aproximação com outros museus do mundo”, declarou Amaral, segundo o noticiário. Neste sentido, a NatGeo pode encaminhar ao Brasil tanto originais quanto cópias de seu acervo. De acordo com o embaixador, a instituição já está acionando pesquisadores e colaboradores no Brasil para auxiliarem na recomposição do acervo do Museu Nacional.
França e Unesco
Mais cedo, ainda de acordo com o Jornal Nacional, o governo francês e a Agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) já tinham se prontificado a colaborarem com o trabalho de reconstrução. A França, lembrou o telejornal, é um dos países que mais investem na segurança do patrimônio histórico: no país, todo grande museu é obrigado a manter equipe de bombeiros 24 horas por dia; no Louvre, em Paris, há um batalhão da corporação instalado no prédio.
“Estamos devastados, pois sabemos que o que foi destruído jamais voltará a existir”, disse Ieng Strong, responsável da Unesco pelo setor de museu. A entidade avalia que o incêndio no Rio destruiu grande parte da história e da identidade do continente americano. Segundo Strong, a perda só é comparável à destruição feita pelo Estado Islâmico na Síria.
Nesta terça-feira (4), no Louvre em Abu Dhabi, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, disse que o Museu Nacional do Rio, assim como o Louvre, é um símbolo do diálogo cultural, e que, no incêndio, uma parte da memória da humanidade foi destruída.