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“Não vamos criar maldade onde não existe”, diz Maia sobre Bolsonaro

O presidente da Câmara disse que entendeu o contexto dos comentários do presidente e que não foi uma troca de insulto

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Cerimônia de posse Câmara dos Deputados
1 de 1 Cerimônia de posse Câmara dos Deputados - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), contemporizou, nesta quarta-feira(29/05/19), os comentários do presidente Jair Bolsonaro (PSL), de que teria mais poder com a caneta do que o deputado. Ele avaliou que não houve “maldade” por parte do chefe do Executivo. O parlamentar afirmou que a frase estava dentro de um contexto específico e que não gerou inimizade entre ambos.

“Ele fala da questão do decreto e da importância que o bom decreto tem na regulamentação de projetos de lei. Não tem maldade nenhuma não, não vamos criar maldade onde não existe”, pregou.

“Não vou ficar entrando em uma frase que eu sei o contexto que ele falou pra mim, não teve maldade nenhuma nos decretos. Vamos manter um ambiente distensionado”, prosseguiu.

Surpresa 
Sobre a ida surpresa do presidente Jair Bolsonaro a uma sessão solene na Câmara, na manhã desta quarta-feira (29/05/2019), Maia avaliou que trata-se de uma tentativa de proximidade com os congressistas.

“É bom o presidente vir aqui, prestigiar e homenagear a Câmara, precisa mais disso. Precisa mais de proximidade de diálogo do que de conflito”, completou. A única objeção do deputado teve relação com o tempo de permanência no ambiente, avaliado como “rápido demais”.

Bolsonaro surpreendeu parlamentares ao chegar de última hora na Casa. Ele foi a pé do palácio do Planalto até o Congresso, permaneceu por 20 minutos no plenário da Câmara, e se retirou do local.

“O importante é a gente estar conversando, estar dialogando. O presidente estar próximo ao parlamento é importante, a construção das votações de interesse do Brasil passam pela liderança do presidente da República, dos seus aliados, então é bom”, continuou.

Reforma da Previdência
Questionado sobre a promessa de apreciar o texto da Previdência antes do dia 15 de junho, o chefe da Câmara disse que não teve a intenção de “atropelar os passos”.

“No foi nenhuma tentativa minha de antecipar, atropelar os passos, atropelar o trabalho da comissão. Pelo contrario, acho que com o relatório apresentado uma semana antes, os deputados vão poder fazer criticas e a gente vai poder ter a sensibilidade se o texto que ele está querendo apresentar é um texto que que vai ter vitória”, avaliou.

Sobre o Pacto pelo Brasil, apresentado pelo Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), Maia afirmou que vai discutir com os deputados para que a maioria da população brasileira possa ser bem representada nas alterações das regras que definem, atualmente, a destinação do orçamento da União. Segundo o ministro que anunciou o texto, o documento deve ser apresentado direto ao palácio do Planalto na semana do dia 10 de junho.

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