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“Não tinha como prever o que ia acontecer em Manaus”, diz Mourão

A saúde na capital do Amazonas colapsou com o aumento de casos da Covid-19 e a falta de oxigênio para pacientes graves da doença

atualizado

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Bruno Batista/ VPR
Vice-presidente Hamilton Mourão
1 de 1 Vice-presidente Hamilton Mourão - Foto: Bruno Batista/ VPR

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou, na manhã desta sexta-feira (15/1), que não tinha como prever o que está acontecendo em Manaus. A saúde na capital do Amazonas colapsou com o aumento de casos da Covid-19 e a falta de oxigênio para pacientes graves da doença.

“Você não tinha como prever o que ia acontecer com essa nova cepa que está ocorrendo em Manaus, totalmente diferente do que tinha acontecido no primeiro semestre”, argumentou o general.

Mourão disse que o governo federal está fazendo “além do que pode” para conter a crise no estado. “Manaus é a cidade mais populosa da Amazônia Ocidental, você só chega lá de barco ou de avião. Então, qualquer manobra logística pra você, de uma hora pra outra, aumentar a quantidade de suprimentos lá, requer meios. O governo está fazendo além do que pode, dentro dos meios que a gente dispõe”, justificou.

O militar também lamentou a falta de insumos na Força Aérea Brasileira para cooperar com a situação. “A FAB, até alguns anos atrás, tinha boeings, mas por problemas de orçamentos ela teve que se desfazer dessas aeronaves. Chega nessa hora, a gente vê que não pode deixar aquilo que é nossa última reserva, que são as Forças Armadas, sem terem suas capacidades”, destacou.

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Município enfrenta colapso na rede de saúde
Chegada de oxigênio ao hospital
Corpos em câmaras frias
Em janeiro de 2021, o consumo diário de oxigênio chegou a 76,5 mil metros cúbicos, afirma o governo. A produção da empresa é de apenas 28,2 mil metros cúbicos por dia
Estado tem mais de 5,8 mil mortos por Covid-19
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No Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, na zona centro-sul de Manaus, amigos e familiares aguardam a liberação dos corpos das vítimas de Covid-19

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Município enfrenta colapso na rede de saúde

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Chegada de oxigênio ao hospital

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Corpos em câmaras frias

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Em janeiro de 2021, o consumo diário de oxigênio chegou a 76,5 mil metros cúbicos, afirma o governo. A produção da empresa é de apenas 28,2 mil metros cúbicos por dia

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Estado tem mais de 5,8 mil mortos por Covid-19

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O vice-presidente defendeu que o Executivo da unidade federativa oriente a população sobre a situação. “É um problema do governo do estado, da prefeitura. São eles que estão no terreno e deveriam ter tomado as medidas necessárias no momento certo. Não é nem questão de ter um lockdown, mas comunicar a população que ela tem de manter determinadas regras, no intuito de que não se contamine numa velocidade tal que o sistema de saúde não consiga absorver”, salientou.

Apesar da defesa de medidas de comunicação à população, Mourão explicou que o lockdown não funcionaria, em decorrência da falta de disciplina. “Temos que entender a característica do nosso povo. Essa imposição de disciplina em cima do nosso povo não funciona muito. Temos que saber lidar com essas características e buscar informar a população no sentido de que ela se proteja”, sugeriu.

Situação em Manaus

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou na quinta-feira (14/1) que estava declarando lockdown. A circulação de pessoas ficou proibida entre as 19h e as 6h na capital do estado.

Profissionais de saúde do Amazonas relatam que o estoque de oxigênio para pacientes com Covid-19 chegou ao fim em hospitais da região. Na quinta-feira, o vídeo de uma funcionária do Serviço de Pronto Atendimento (SPA) e Policlínica Dr. José Lins, na capital do estado, viralizou nas redes sociais. Na gravação, ela relata que o oxigênio de toda a unidade acabou.

Até terça-feira (12/1), Manaus havia registrado 2.221 novas hospitalizações, recorde para um mês — apesar de ainda estarmos na primeira metade de janeiro. O número é maior do que o total de internações registradas em todo o mês de abril.

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