“Não tinha como gritar”: mulher diz ter sido abusada por Renato Kalil
Após denúncia de Shantal, paciente relatou ter sido abusada por médico Renato Kalil em outubro de 1991. Obstetra “negou veemente” acusação
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – Uma paciente apresentou um relato sobre um novo caso de abuso sexual protagonizado pelo médico obstetra Renato Kalil. Recentemente, ele foi acusado de violência obstétrica a partir de áudios e vídeos do parto da influenciadora Shantal Verdelho (na foto, em destaque).
Quem é Renato Kalil, médico de famosas acusado por violência obstétrica
Em entrevista às jornalistas Janaina Figueiredo e Pâmela Dias, do jornal O Globo, a mulher, identificada como Leticia Domingues, de 48 anos, afirmou ter sido estuprada por Kalil durante uma internação para um procedimento ginecológico, em outubro de 1991, em um hospital na cidade de São Paulo.
“Abri os olhos e ele estava com uma perna na escadinha da cama e a outra apoiada em cima dos meus braços, e com o pênis na minha boca. Ele já tinha ejaculado no meu rosto. Não tinha como gritar, me mexer, estava me sentindo culpada”, lembrou Leticia, no depoimento ao Globo.
Ela relatou ter sofrido abusos ao longo de três dias no quarto onde permaneceu sozinha, internada.
Em um primeiro momento, ela disse que não sabia o nome do médico. Depois, Kalil apareceu como um dos responsáveis por sua alta do hospital. Chegou inclusive a marcar uma consulta de revisão dias depois, de acordo com o depoimento da mulher.
“Quando entrei no consultório, ele não me falou nada sobre o que eu tinha ou o tratamento. Estava com o pênis ereto, se tocando e me olhando. Falou para eu deitar, e eu novamente com medo, deitei. Em momento algum ele me tocou, não teve penetração. Mas ele gozou. Foi a hora em que me toquei que era real. Levantei e saí rápido da sala”, contou a bancária ao jornal.
Em um comunicado reproduzido pelo Globo, o médico negou as acusações. “O doutor Renato Kalil nega veementemente as acusações, considera absurdas e fantasiosas as histórias e estranha que sejam veiculadas agora, 30 anos depois”.
A reportagem ainda apresentou o relato de uma mulher, que preferiu não se identificar, que também mencionou um episódio de violência obstétrica, semelhante ao denunciado pela influenciadora Shantal Verdelho.