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“Não tenho relação íntima com o ex-presidente”, diz ex-diretor da PRF em CPI

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, negou intimidade com Bolsonaro, mesmo tendo sido indicado pelo senador Flávio Bolsonaro

atualizado

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Família Bolsonaro PRF Silvinei
1 de 1 Família Bolsonaro PRF Silvinei - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques negou qualquer relação íntima com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele presta depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, nesta terça-feira (20/6).

A intimidade pessoal entre Silvinei e Bolsonaro é negada, apesar de a indicação ao cargo de diretor ter sido feita pelo senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente. Ele comparece à CPI do 8 de Janeiro no papel de testemunha.

“Eu não tenho relação íntima com ex-presidente da República. Falei com ele pessoalmente algumas vezes, (quando) fui ao Palácio pedir uma alteração da previdência, pedir um orçamento maior, que, inclusive, ele atendeu no último ano”, contou o ex-diretor-geral da PRF.

“Então, nunca fui a nenhuma festa, por exemplo, da filha mais nova do presidente Bolsonaro. Não sou padrinho, não sou parente. Nunca votei nele, porque o meu título de eleitor está em Florianópolis, sempre esteve lá. O que a gente tinha era uma relação muito profissional, e ele sempre com muito carinho com a instituição”, afirmou.

Silvinei também afirmou que tinha “respeito e orgulho” pelo ex-presidente, assim como tinha por todos os outros. Segundo ele, Bolsonaro foi o único chefe do Executivo que permitiu o registro de fotografia.

“Por isso que tem várias fotos, e isso foi um dos questionamentos: ‘Ah, por que que o senhor tem foto com o presidente da República lá no Rio de Janeiro?’ Porque foi o único que deixou eu bater a foto. Nenhum outro presidente autorizou a gente bater foto. Como é que eu ia ter foto com outro presidente? É um orgulho para o servidor público, o orgulho de um policial. Quem é o presidente? É o maior comandante dos polícias. Qualquer presidente. O atual também é. Todos foram. Então, é um orgulho para nós levar a foto do presidente”, disse.

A decisão sobre quais seriam os primeiros ouvidos foi tomada na última quarta (14/6), durante reunião da mesa da colegiado. A sessão seguinte, em 22 de junho, visa colher o depoimento de outro convocado: George Washington de Oliveira Sousa, um dos envolvidos na tentativa de explosão de uma bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado. Washington foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão.

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Ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques
O ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques chegou ao Senado por volta das 9h
A CPMI que investiga os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro começa a série de depoimentos nesta terça-feira (20/6), com o ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques
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Ex-chefe da PRF, Silvinei Vasques foi preso pela PF

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Quem é o ex-diretor da PRF

Silvinei Vasques é investigado pelo Ministério Público Federal devido a uma operação da PRF realizada nas estradas durante o domingo das eleições presidenciais. O ex-diretor-geral também chegou a ser intimado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para esclarecer as operações policiais relacionadas ao transporte de eleitores no segundo turno das eleições.

A PRF realizou mais de 500 operações no transporte de eleitores, que foram suspensas após pedido da Justiça Eleitoral.

De acordo com o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, as operações não impediram eleitores de chegarem aos seus locais de votação.

Ex-diretor da PRF e natural de Ivaiporã, no Paraná, Silvinei Vasques faz parte dos quadros da PRF desde 1995 e já exerceu atividades de gerência e comando em diversas áreas do órgão. Ele foi superintendente nos estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, e atuou como coordenador-geral de Operações. Também foi secretário municipal de Segurança Pública e de Transportes no Município de São José, em Santa Catarina, em 2007 e 2008.

Ele assumiu o cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em abril de 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro. A exoneração aconteceu em 20 de dezembro.

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