“Não sou puxadinho do PT e não serei jamais”, diz Ciro Gomes
O pré-candidato a presidência fez o comentário após participar da Brazil Conference 2018 realizada em Harvard e MIIT
atualizado
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O pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, rebateu críticas por não ter participado dos atos políticos em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não sou puxadinho do PT e jamais serei. Nos últimos 16 anos, apoiei Lula sem faltar um dia. Eles façam dessa história, o que quiserem fazer”, disse.
Perguntado por jornalistas se poderia ser o candidato apoiado pelo PT nas eleições presidenciais deste ano, Ciro refutou a possibilidade. Segundo o pedetista, a natureza do Partido dos Trabalhadores é ter sempre um representante da legenda para o pleito.
Ele defendeu sua candidatura a presidente da República e apontou: é preciso “desratizar” o país. Numa referência ao fim da impunidade de atos de corrupção no setor público.
Ciro criticou as entrevistas do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. Na terça-feira (3/4), o militar soltou um comentário de “repúdio à impunidade” antes da votação do STF sobre habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É ruim que uma República, a essa altura, ainda tenha de ouvir pito público de militar. Isso ficou para republica de banana, nos anos 1960”, disse
Injustiça política
Na avaliação de Ciro Gomes, os brasileiros, em geral, não se consideram protegidos pela Justiça. “Há um notório desequilíbrio entre aquilo que amargamente se imputa ao Lula, nos prazos tão ágeis quanto se estão impondo, e aquilo que se faz à corrupção notória de certos figurões do PSDB. Eu e o país inteiro sentimos a mesma coisa.”
Ainda segundo o pedetista, os brasileiros devem acompanhar o debate político no país e expressar suas opiniões de forma pacífica pelas redes sociais. “Vá às manifestações, mas não se precipite. O mundo político não merece ninguém morrendo por si”, destacou.
Ciro Gomes avaliou com ironia a participação do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa nas eleições presidenciais deste ano. “Quando a gente começa a ver juiz dando entrevista demais e se exibindo, a gente já sabe: ele quer é entrar para a política. Isso é uma impertinência, mas seja bem-vindo.”