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“Não sou candidato a prefeito de Caracas”, diz Boulos sobre Venezuela

Guilherme Boulos disse que a questão da Venezuela surgiu nas eleições de São Paulo por uma “estratégia desesperada” de Bruno Covas

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Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo, durante coletiva de imprensa sobre as alianças partidárias 1
1 de 1 Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo, durante coletiva de imprensa sobre as alianças partidárias 1 - Foto: Fábio Vieira/Especial Metrópoles

São Paulo – Guilherme Boulos (PSol) respondeu, em entrevista à rádio CBN na manhã desta quarta-feira (25/11), questões sobre a cidade de São Paulo, mas também sobre a conjuntura política brasileira. Declarou que embora o PT tenha se envolvido em esquemas de corrupção, considera que Lula foi preso em 2018 para não concorrer às eleições presidenciais.

Perguntado sobre sua posição sobre a Venezuela, Boulos disse que a pergunta era descabida e baseada numa provocação “desesperada” de Bruno Covas (PSDB).

“Eu sou candidato a prefeito de São Paulo, não de Caracas. Não tem o menor sentido num debate como esse trazer a questão da Venezuela. Eu nem sou candidato a ministro das Relações Exteriores”, declarou.

Na terça-feira (24/11), Bruno Covas (PSDB) declarou que Guilherme Boulos seria um radical, porque “a partir do momento em que você, somente por uma visão ideológica, acha que, por exemplo, Venezuela e Cuba são democracias porque têm eleição, é claro que isso mostra radicalismo”.

Boulos rebateu dizendo que não vê Venezuela ou Cuba como modelos de democracia. Além disso, disse que o PSDB apoiou Bolsonaro nas eleições de 2018, sendo que o presidente nunca escondeu sua admiração pela ditadura militar brasileira.

Posição sobre Lula

Guilherme Boulos disse que o apoio de Lula se soma ao de outras lideranças da centro-esquerda e esquerda, como Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Flávio Dino (PCdoB), e que todas elas trazem mais bônus do que ônus. “Eu não tenho vergonha dos meus apoios, ao contrário do meu adversário”, disse Boulos, se referindo ao padrinho político de Bruno Covas (PSDB), o governador João Doria (PSDB), e ao candidato derrotado Celso Russomanno (Republicanos).

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Jilmar Tatto e Guilherme Boulos
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Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto (PT) e Orlando Silva (PCdoB) durante coletiva de imprensa sobre as alianças partidárias

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Evento da campanha de Boulos

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Deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP)

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Jilmar Tatto (PT)

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Quando questionado sobre sua posição sobre os escândalos de corrupção que ocorreram durante as gestões petistas no governo federal, Boulos disse que tem a anticorrupção como bandeira. O PSol é formado em parte por dissidentes do PT durante o escândalo do mensalão.

No entanto, o ativista interpreta que a prisão de Lula não se deu pelo suposto envolvimento de Lula em esquemas de corrupção, mas para impedir que ele pudesse concorrer à eleição de 2018.

“A corrupção aconteceu também durante o governo do PT, os petistas reconhecem isso. Agora, o que aconteceu em 2018 é que houve um processo pra prender o Lula para tirá-lo da eleição e facilitar a vida do Bolsonaro. Todo mundo já sabe, depois da publicação da Vaza Jato, depois que o Sérgio Moro virou ministro do Bolsonaro”, declarou Boulos.

 

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