metropoles.com

“Não serei ministro”, diz Mantega sobre participação no governo Lula

Ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff (PT) faz parte da equipe de transição de Lula, no núcleo de Planejamento

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Fabio Pozzebom/Agência Brasil
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega
1 de 1 O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega - Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil

Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, descartou, nesta sexta-feira (11/11), a possibilidade de ser ministro no terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mantega faz parte da equipe de transição de governo, no núcleo temático Planejamento, Orçamento e Gestão.

“O grupo de transição é para ajudar o novo governo a conhecer a estrutura, modificar a estrutura do governo anterior e poder governar. Não tem nada a ver uma coisa com a outra, as pessoas que estão lá não serão grupo ministerial”, afirmou em entrevista à GloboNews.

“É claro que poderão ser escolhidas pessoas que estão lá, mas, eu por exemplo, não serei ministro. Já estou indicando. Já fui ministro do Planejamento, da Fazenda, e não pretendo ser mais ministro. Eu saio dessa vanguarda e fico na retaguarda, ajudando com conselhos e tudo mais”, completou.

O nome de Mantega na equipe da Economia, inicialmente, foi visto com pessimismo pelo mercado devido à gestão dele frente à Fazenda no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Mantega acrescentou que “o mais importante não é definir o ministro, mas é definir a política econômica”. Na visão dele, a “política econômica é do governo, não do ministro. O ministro tem de se enquadrar na política econômica”.

“Eu sou assessor dele [Lula] desde 1993, nós discutíamos a economia, fazíamos seminário. Então, o Lula entende de economia. Tem essa diferença”, alfinetou Mantega, em referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que admitiu em diversas ocasiões que não entendia de assuntos econômicos e sempre recorria ao atual chefe da Economia, Paulo Guedes.

O ex-ministro petista disse ainda que o governo Lula “sempre trabalhou de forma transparente, deixando claro quais são as regras que ele vai seguir, quais são os objetivos e tudo mais”.

Na quinta-feira (10/11), em visita ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição, Lula disse que a estabilidade fiscal não pode ser conquistada à custa do sofrimento da população.

Logo após a repercussão da fala de Lula no mercado financeiro, que recebeu mal o comentário, o petista disse que o setor “fica nervoso à toa”. “O mercado fica nervoso à toa. Eu nunca vi um mercado tão sensível como o nosso”, disse.

A reação do mercado veio após Lula ter uma agenda com políticos aliados, na qual chegou a se emocionar ao relatar que não esperava ver a volta da fome no país.

Na mesma fala, Lula questionou: “Por que as pessoas são levadas a sofrer por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal neste país? Por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gasto, que é preciso fazer superávit, que é preciso fazer teto de gasto? Por que as mesmas pessoas que discutem com seriedade o teto de gasto não discutem a questão social deste país?”.

Sobre a reação dos agentes financeiros, Mantega reforçou que o mercado pode ficar “tranquilo”, porque os governos Lula foram responsáveis fiscalmente. “O presidente, ele é a favor do equilíbrio fiscal, ele sabe que, se você acumular uma dívida enorme, o país quebra.”

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?