“Não sabia o que estava acontecendo”, diz suposto hacker sobre prisão
Diferentemente de Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira, ele não se queixou do tratamento dos policiais federais
atualizado
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Terceiro suspeito a ser ouvido pela Justiça Federal de Brasília, Danilo Cristiano Marques disse, em depoimento nesta terça-feira (30/07/2019) que, ao ser preso, não teve a oportunidade de pegar nenhum bem. Ele foi detido em Araraquara, interior de São Paulo, enquanto fazia um curso de eletricista.
Danilo se mostrou surpreso com a abordagem. “Eles [policiais] me pegaram no curso que estava fazendo lá na cidade. Não tive oportunidade de pegar nem uma peça de roupa. Cheguei aqui com a roupa do corpo. Não sabia nem o que estava acontecendo”, contou.
O juiz da 10ª Vara Federal, Vallisney de Oliveira, questionou como se deu a prisão. Danilo treinava primeiros socorros. “Um técnico de segurança chamou meu nome , quando cheguei na porta, pensei que era brincadeira. O policial falou ‘perdeu, Polícia Federal’. Todo mundo viu”, relatou.
Danilo viajou por Araraquara, Ribeirão Preto e São Paulo até chegar a Brasília, onde permanece preso no Departamento de Polícia Federal.
Diferentemente de Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira, ele não se queixou do tratamento recebido por policiais federais. “Eu nunca tinha sido preso. Parece ser bom. Tem colchão, banheiro normal”, contou.
Danilo disse que soube o motivo que o levou à prisão somente na carceragem da Polícia Federal em Brasília. “Não sabia o que estava acontecendo. Só me falaram na outiva com o delegado”, afirmou.
Ele relatou ainda que não ligou para familiares por não saber o que estava acontecendo. “Minha mãe é idosa, como eu iria explicar que estava preso em Brasília?”, concluiu.
Além de Danilo, prestaram depoimento nesta terça-feira (30/07/2019) Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira (esposa de Gustavo) e Walter Delgatti Neto.