“Não queremos criança com arma”, diz Lula após ataque a escola em SP
Lula participa de forma remota de cerimônia para entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida em quatro estados
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta segunda-feira (23/10), que crianças não devem se envolver com armas ou atividades violentas, e sim com livros. A fala do chefe do Executivo federal ocorre horas após um ataque a tiros em uma escola em São Paulo deixar uma aluna morta e outros três feridos.
“O que não queremos é criança com arma, praticando e aprendendo violência. Queremos criança na escola”, declarou o mandatário em discurso por videoconferência durante evento do governo federal.
Lula participou de solenidade de entrega simultânea de unidades do Minha Casa, Minha Vida em quatro estados brasileiros, nesta manhã.
Clique aqui para ver o discurso.
Inauguração de Lula onde houve atentado
No Espírito Santo, as unidades do Minha Casa, Minha Vida foram construídas no município de Aracruz, onde um ataque a tiros vitimou quatro pessoas. Contudo, na fala, o petista não citou especificamente o episódio trágico desta segunda em São Paulo, nem o caso de Aracruz.
Lula disse que foi informado da morte de uma criança em São Paulo com a arma do próprio pai. “Estou vendo a quantidade de crianças mortas na Palestina, em Gaza, em Israel, não é possível. Estamos matando o futuro da humanidade, o futuro do nosso país. Isso é falta de estabilidade psicológica, estabilidade salarial, na educação”, prosseguiu.
Ataque em SP
A Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da capital paulista, foi alvo de um ataque a tiros nesta manhã. Uma aluna de 17 anos baleada na cabeça morreu e outras duas ficaram feridas. Um quarto estudante se machucou ao cair enquanto tentava fugir.
Um suspeito foi detido pela polícia. O adolescente é aluno do 1º ano do ensino médio e tem 16 anos. Segundo testemunhas, ele seria alvo de bullying por parte de colegas da escola. Outro jovem está foragido.
O estudante apreendido teria usado um revólver calibre 38 do pai no atentado e disparou pelas costas, à queima-roupa, na cabeça da aluna de 17 anos que morreu na ação.