metropoles.com

“Não machuque meu filho”, dizia mãe de jovem morto ao segurança

Dinalva Oliveira Penna concedeu entrevista ao Fantástico e contou os momentos de dor ao ver a morte do filho, Pedro Henrique

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
mae1
1 de 1 mae1 - Foto: null

Dinalva Oliveira Penna, mãe do jovem Pedro Henrique Gonzaga, que foi morto pelo segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio em uma filial do supermercado Extra no Rio de Janeiro, contou a sua versão do dia em que tudo ocorreu. Em entrevista ao Fantástico, Dinalva disse que o filho nunca teve nenhum tipo de surto, mas que ela estava preocupada porque o rapaz, nos últimos dias, estava como uma ansiedade fora do normal.

“Entrei no supermercado para fazer uma compra, um micro-ondas. Ele o tempo todo conversando comigo. Quando tava pegando a nota fiscal, ele correu em direção aos seguranças. Fui atrás. A impressão que deu é que ele queria pedir ajuda”, contou a mãe. Depois que Dinalva se aproximou, ela perguntou o que tinha acontecido. “Virei para ele e falei: ‘O que foi meu filho?’. Os lábios dele ficaram brancos, olhou para mim, ficou trêmulo e caiu”, disse. Em seguida, o menino saiu correndo.

Nesta hora, o segurança foi atrás e o imobilizou. “Quando o segurança caiu em cima dele, eu me preocupei porque ele era muito grande. Tentei chegar perto e o segurança me deu um solavanco. Eu rolei”, afirmou Dinalva. Em diante, começaram os momentos que culminou na morte de Pedro.

“Eu olhava as mãos dele e via que meu filho estava sem os movimentos. O segurança pegou o braço e foi no pescoço do meu filho. Eu falava: ‘Por favor, não machuque ele, é meu filho’. O segurança respondia: ‘Cala boca’. Depois, levantei desesperada, e gritei: ‘Larga ele, você vai matá-lo”, explicou Dinalva.

Segundo a mãe, ela decidiu não atacar Davi Ricardo, pois havia um outro segurança armado a intimidando. “Meu filho não apresentava risco nenhum”, contou. Logo depois, ainda de acordo com Dinalva, Davi levantou, olhou para o corpo e para a mãe e disse: “Agora, coloca as pernas dele para cima”. “Eu fui a primeira a tentar colocar a mão em alguma parte do corpo dele e sentir o batimento do meu filho”, disse.

Segundo a defesa de Davi Ricardo, o jovem teria tentado pegar a arma do segurança e, por isso, Pedro teria sido imobilizado. O vigilante teve o registro cassado e responde em liberdade por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O advogado da família quer que ele responda por homicídio doloso.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?