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Não houve desacato de Daniel Silveira no IML, diz polícia do Rio

Deputado foi preso na noite de terça-feira (16/2) e, ao ser encaminhado para o instituto, chamou a perita de “militante petista”

atualizado

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Deputado federal, Daniel Silveira se recusa a usar máscara
1 de 1 Deputado federal, Daniel Silveira se recusa a usar máscara - Foto: Reprodução/Facebook

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) afirmou, nesta quinta-feira (18/2), que não houve desacato por parte do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) durante a discussão entre o parlamentar e uma perita no Instituto Médico Legal (IML).

Daniel foi preso na noite de terça-feira (16/2) e, ao ser encaminhado para o IML, chamou a perita de “militante petista” após ela ter solicitado que ele colocasse uma máscara de proteção facial contra a Covid-19.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro disse que não foi dada voz de prisão porque “não houve ofensas aos agentes da lei”.

“Não foi dada voz de prisão por desacato ao deputado pela perita, nem pelos policiais federais, por entenderem que não houve ofensa aos agentes da lei. A direção do Departamento-Geral de Polícia Técnico-Científica (DGPTC) também fez contato com a servidora, que manteve o posicionamento inicial”, comunicou o órgão, em nota.

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Outro agente entrega uma máscara para o parlamentar
Ele discute com a agente: "militante petista"
Daniel ameaça: "Se continuar, eu não boto [a máscara]"
Deputado coloca o acessório, mas deixa nariz descoberto
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Policial pede que deputado coloque a máscara de proteção facial

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Outro agente entrega uma máscara para o parlamentar

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Ele discute com a agente: "militante petista"

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Daniel ameaça: "Se continuar, eu não boto [a máscara]"

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Deputado coloca o acessório, mas deixa nariz descoberto

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O momento da discussão foi transmitido ao vivo na própria página de Daniel nas redes sociais. No vídeo, é possível ver que o parlamentar ignora o pedido da agente, afirmando que tem “dispensa” para não utilizar a máscara.

Um segundo policial entrega o acessório para Silveira, mas ele se recusa a colocar no rosto. A agente pede, mais uma vez, que ele porte o objeto.

Silveira dispara: “Não existe dispensa? A lei Federal, eu rasgo? A senhora não manda em mim, não. Acha que está falando com vagabundo? Pior coisa é militante petista que faz espetáculo”, disse o parlamentar.

Ele continua: “A senhora é policial, eu também sou polícia. E aí? Eu sou deputado federal. Acha que eu não conheço a p*rra da lei, não? Folgada”. Depois da discussão, o deputado colocou a máscara de proteção facial, mas deixou o nariz descoberto. Ele também pediu para que a transmissão ao vivo fosse interrompida.

Prisão de Daniel Silveira

No fim da noite de terça-feira, a Polícia Federal (PF) foi até a casa de Daniel Silveira, no Rio de Janeiro, com ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes. A medida foi solicitada após o deputado publicar, nas redes sociais, um vídeo, transcrito pelo Metrópoles, atacando os ministros do STF — em especial, Edson Fachin.

O magistrado também determinou que o YouTube bloqueie imediatamente o vídeo de Silveira da plataforma, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Em uma transmissão ao vivo realizada no momento da prisão, Silveira disse que Alexandre de Moraes entrou em uma “queda de braço” e “rasgou a Constituição Federal”. O deputado também afirmou que vai “mostrar” quem são os ministros do STF.

“Tenha certeza: a partir daqui, o jogo evoluiu um pouquinho. Eu vou dedicar cada minuto do meu mandato a mostrar quem é Alexandre de Moraes, a mostrar quem é [Edson] Fachin, quem é Marco Aurélio Mello, quem é Gilmar Mendes, quem é [Dias] Toffoli, quem é [Ricardo] Lewandowski. Vou colocar um por um de vocês em seus devidos lugares”, assinalou o congressista.

Silveira é investigado pelo STF no inquérito que mira financiamento e organização de atos antidemocráticos em Brasília. Em junho, ele foi alvo de buscas e apreensões pela Polícia Federal e teve o sigilo fiscal quebrado por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

O deputado negou, em depoimento, o fato de produzir ou repassar mensagens que incitassem animosidade das Forças Armadas contra o Supremo ou os ministros.

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