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“Não há risco para a democracia”, diz ministro sobre intervenção no RJ

Segundo o titular da Defesa, Raul Jungmann, a “democracia exige ordem, ordem legítima”

atualizado

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Durante entrevista coletiva após a assinatura do decreto que determina a intervenção militar no estado do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (16/2), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Sérgio Etchegoyen, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, garantiram a manutenção do estado democrático de direito. É a primeira vez, desde 1988, que um decreto presidencial determina o comando da segurança pública para o Exército. 

“As Forças Armadas jamais foram ameaça à democracia. Desde o momento da redemocratização, a ameaça à democracia é a incapacidade das instituições policiais não cumprirem suas tarefas”, disse Etchegoyen.

Raul Jungmann pontuou que o decreto é uma das previsões constitucionais, um tipo de remédio em tempos de crise. “Democracia exige ordem, ordem legítima”, disse o ministro.

Os jornalistas questionaram a escolha do decreto de intervenção militar, já que, em outras ocasiões, o governo federal enviou as tropas militares para o Rio a fim de auxiliar na segurança da cidade. O titular da Defesa afirmou ter visto de perto o esquema de segurança do local durante as Olimpíadas e, por isso, considerou a medida como a mais acertada.

“Eu tive um convívio relativamente prolongado durante as Olimpíadas. Conheci o Rio de Janeiro, tive muito contato e participei de outras operações. As Forças Armadas, através do Exército, colocaram à disposição nessa iniciativa um oficial general absolutamente qualificado para essa tarefa, além de ser um conhecedor profundo do Rio de Janeiro”, defendeu.

Segundo Jungman, o decreto já está valendo e será feito tudo que o general apontar no diagnóstico como necessário. O general do Exército Walter Souza Braga Netto foi escolhido interventor do Rio de Janeiro e comandará todas as forças policiais do estado, submetendo-se apenas às ordens de Michel Temer.

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