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“Não há nenhuma necessidade de terceira dose da Coronavac”, diz Doria

Em entrevista ao Metrópoles, o governador de São Paulo classificou pesquisa do Ministério da Saúde sobre dose de reforço como “inutilidade”

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São Paulo (SP) - 03/08/2021 - Rachel Sheherazade entrevista o governador de São Paulo João Doria - A apresentadora Rachel Sheherazade entrevista o governador de São Paulo João Doria (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes, zona Sul de São Paulo, nesta terça-feira (03
1 de 1 São Paulo (SP) - 03/08/2021 - Rachel Sheherazade entrevista o governador de São Paulo João Doria - A apresentadora Rachel Sheherazade entrevista o governador de São Paulo João Doria (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes, zona Sul de São Paulo, nesta terça-feira (03 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Em entrevista ao Metrópoles, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a aplicação de uma terceira dose da Coronavac não é necessária. “Bastam as duas doses, que é o que recomenda a Organização Mundial da Saúde”, disse (confira a partir de 11’40”).

No último dia 28 de julho, o Ministério da Saúde anunciou que vai fazer estudo para avaliar a aplicação de terceira dose em pessoas vacinadas com o imunizante contra a Covid-19 desenvolvido pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Doria classificou a pesquisa como “uma inutilidade”.

“Não há nenhuma necessidade de você tomar uma terceira dose da Coronavac”, garantiu. “A Coronavac foi credenciada na OMS como uma vacina eficaz e segura. E é a mesma vacina que o Ministério da Saúde já aplicou no braço de 63 milhões de brasileiros”, frisou.

Doria criticou a distribuição de vacinas realizada pelo Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI). De acordo com o governador de São Paulo, a pasta “promete e não cumpre”. “Diz que vai entregar um volume, entrega menos. Promete que vai entregar no dia 10, entrega dias depois”, assinalou (4’).

“Há uma desregulação completa entre aquilo que se promete e aquilo que se cumpre. O Ministério da Saúde, infelizmente, não é organizado”, disse. De acordo com o tucano, a falta de previsibilidade dificulta o trabalho de estados e municípios, responsáveis pela aplicação dos imunizantes na população.

Reabertura de SP e variante delta
João Doria afirmou que “está seguro” com o plano de reabertura de atividades no estado de São Paulo, apesar do avanço da variante delta do coronavírus na região. “Temos menos casos, menos internações, menos óbitos e mais vacinas. Nós estamos evoluindo”, salientou (1’19”). De acordo com o governador, “a variante delta é controlada com a vacina, sobretudo com a vacina do Butantan, a Coronavac”.

Na última quarta-feira (4/8), o Instituto Butantan confirmou 28 novos casos da cepa na capital do estado. Com a atualização, o número de contaminados pela variante delta na cidade de São Paulo subiu para 50. O município já possui transmissão comunitária da cepa, ou seja, o contágio ocorre entre pessoas sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão. Há também casos confirmados em cidades do interior paulista.

“Estamos seguros com o que estamos fazendo. E estamos fazendo isso de forma gradual, não é liberação geral. Mas temos que reconhecer que estamos melhorando. E, se estamos melhorando, temos que dar um pouco de oxigênio para a retomada do emprego, para a retomada da economia”, afirmou (5’).

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Eleições de 2022
Doria disputa uma possível vaga de pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2022 nas prévias do PSDB, marcadas para novembro. O tucano elogiou seus adversários na disputa. Estão no páreo, além do governador de São Paulo, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, Tasso Jereissati, senador, e Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus.

“O nome vencedor das prévias saíra fortalecido para negociar com outros partidos uma frente democrática de centro que seja capaz de fazer não a terceira via, mas a melhor via para a Presidência da República”, destacou (18’).

Ao longo da entrevista, Doria deu detalhes sobre o plano de vacinação de crianças e adolescentes em São Paulo, rebateu críticas à tentativa de assumir o controle da Cinemateca Brasileira após um incêndio destruir parte do acervo da instituição e reforçou suas críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Confira:

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