“Não há nenhum plano de cortar benefício por cortar”, diz ministro
Em entrevista ao Metrópoles ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, comentou os cortes no Orçamento do governo federal
atualizado
Compartilhar notícia
Em meio aos esforços da equipe econômica para ajustar as contas, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, afirmou ao Metrópoles Entrevista que o governo não pretende “cortar benefício por cortar”.
Para o próximo ano, o Executivo prevê um corte de R$ 25,9 bilhões no Orçamento para cumprir o arcabouço fiscal. A medida ocorrerá por meio de um pente-fino em benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Segundo o ministro, os programas sociais sob responsabilidade do MDS não serão cortados, mas o governo aumentará a vigilância em relação a possíveis fraudes.
“Não há nenhum plano de cortar o benefício por cortar. A recomendação do presidente é o contrário. Tem o direito, garante o direito. Ao mesmo tempo, quem ainda está fora e está passando fome e está numa situação de extrema pobreza, nós vamos alcançar”, reforçou Dias.
“Agora, também um aviso aqui aos fraudadores: quem arriscar fraudar, vai pagar na forma da lei. Nós vamos atrás”, pontuou. “A gente quer que cada centavo chegue para quem precisa e, ao mesmo tempo, combater a fraude.”
Confira:
Ainda em relação ao Orçamento, o ministro afirmou que vê com otimismo a reversão do bloqueio de R$ 15 bilhões feitos nos recursos federais deste ano. Na pasta do Desenvolvimento Social, o contingenciamento atingiu R$ 580 milhões do auxílio-gás. “Não faltará dinheiro para os mais pobres”, ressaltou.
“Eu acho que a economia segue crescendo, nós vamos ter condições de fechar este ano.”
Reajuste
Durante a entrevista, o ministro afirmou que não vê necessidade de reajuste no valor pago aos beneficiários do Bolsa Família, ao menos até o fim de 2024. Para o ano que vem, Dias avalia que é necessário observar o cenário econômico.
“A rigor, para o ano de 2024, não há nenhuma previsão, porque, na avaliação feita, o poder de compra, ele se sustenta. Ele garante a condição da pessoa ter o combate à desnutrição, ter a condição da alimentação saudável e adequada”, reflete.
“O governo tem autorização para, a qualquer momento, preenchendo determinadas condições, fazer ali o reajustamento. Eu lhe digo que na realidade de hoje, se a gente chegar em 25, na realidade que estamos nesse semestre de 2024, não há, a rigor, a necessidade desse reajustamento”, avalia.
Veja a entrevista completa: