“Não há hipótese de racionamento”, garante ministro de Minas e Energia
O país vive uma crise na geração de energia por conta dos baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, devido à falta de chuvas
atualizado
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O ministro das Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, voltou a negar a possibilidade de que seja adotado qualquer tipo de racionamento de energia elétrica no Brasil. O país vive uma crise na geração por conta dos baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, devido à falta de chuvas.
Nesta quarta-feira (23/6), o ministro participou da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, que debate as medidas para enfrentar a crise hídrica no país.
“Nós não trabalhamos com hipótese de racionamento. Temos procurado deixar bem claro, tenho participado de várias entrevistas na mídia e temos nos pronunciado oficialmente a respeito do tema. Não trabalhamos com a hipótese. Não é porque não queremos, mas porque monitoramos o setor elétrico brasileiro 24 horas por dia, 365 dias por ano. Estamos permanentemente reunidos”, explicou o almirante.
O titular da pasta federal ainda ressaltou que existe uma sala de situação, que está no Palácio do Planalto, responsável por monitorar a situação.
“O grupo trabalha diuturnamente para que tenhamos a segurança das medidas adotadas e do controle da ação planejada. Ou seja, não trabalhamos com hipótese de racionamento”, destacou Albuquerque.
A declaração vem um dia depois de o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), citar um racionamento de energia “educativo”.
Na terça-feira (22/6), Lira ventilou a possibilidade de um apagão educativo. “O ministro Bento esteve comigo, fazendo uma análise do cenário, garantindo que nós não vamos ter nenhum tipo de problema de apagão. Mas vamos ter que ter um período educativo aí, de algum racionamento, para não ter nenhum tipo de crise maior”, disse o presidente da Câmara, após cerimônia no Palácio do Planalto.
Nas últimas semanas, o governo anunciou medidas na tentativa de conter a crise, como a compra de energia produzida por países vizinhos, mudanças na vazão dos reservatórios das hidrelétricas e ativação das usinas termelétricas — que aumentam os custos ao consumidor.