Não há guerra comercial, mas ambiente preocupa, afirma gerente do BID
Também disse que acompanha o processo encabeçado pela China da Nova Rota da Seda
atualizado
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Estevadeordal deu a declaração durante apresentação na qual discutia o quadro comercial para a América Latina e o Caribe. A apresentação durante um seminário organizado pela Câmara Espanhola de Comércio ocorre após os EUA anunciarem tarifas à importação de aço e alumínio, que podem gerar um impacto importante em países da região, notadamente o Brasil.
A autoridade do BID também citou outros riscos ao comércio global, como as incertezas trazidas pela saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit, e o episódio da saída dos EUA da Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês). Também disse que acompanha o processo encabeçado pela China da Nova Rota da Seda. Para o BID, há incertezas sobre como será a arquitetura comercial global no futuro.Nesse quadro, Estevadeordal defendeu que os países da região busquem aprofundar acordos comerciais e citou o caso da Aliança do Pacífico. Na avaliação dele, o principal ganho com essa iniciativa não foi o corte em tarifas, mas sim a livre circulação de insumos, que permite maior dinamismo econômico e ganhos regionais. O dirigente do BID argumentou que um acordo entre a Aliança do Pacífico e o Mercosul proporcionaria uma circulação ainda maior desses insumos.
Sobre o Brasil, Estevadeordal lembrou que o País tem ainda acordos importantes pendentes. Na região, ele destacou o fato de que o Brasil não possui acordo comercial com o México, que poderia ser um grande parceiro. Ele comentou ainda os casos da América Central e do Caribe, que apesar da proximidade geográfica mantêm trocas comerciais modestas com a América do Sul.