“Não ficaremos reclamando de herança maldita”, diz Paes ao tomar posse
Cerimônia começou na manhã desta sexta-feira (1º) na Câmara de Vereadores
atualizado
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Eleito pela terceira vez para comandar a Prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM) tomou posse nesta sexta-feira (1º/1). Ele governou a cidade entre 2009 e 2017.
Na eleição de 2020, Paes derrotou o candidato à reeleição Marcelo Crivella (Republicanos). Em seu discurso, ele disse que, mesmo sendo eleito pela terceira vez, isso não altera em nada o tamanho de sua alegria e a “exata noção que tenho do peso da minha responsabilidade”.
Paes agradeceu aos eleitores e às forças políticas que se uniram em torno dele no segundo mandato. “Minha vitória mostrou que é possível estabelecer consenso quando interesses mínimos da sociedade estão em risco”, pontuou.
Ele reclamou do legado deixado pela gestão anterior, mas disse que não quer se contaminar. “Não ficaremos olhando para trás reclamando de herança maldita. Nosso governo vai olhar para frente.”
Para fevereiro, o prefeito prometeu um pacote de medidas econômicas. A intenção é promover a equalização da previdência municipal para corrigir déficit, fazer uma reforma dos tributos, com objetivo de melhorar a vida de quem quer empreender e estancar subsídios não mais necessários, além da criação de uma lei de emergência fiscal.
“Vamos construir um novo marco legal que jamais permitirá a prefeitos destroçar as contas públicas”, disse.
Paes assegurou ainda que fará um governo antirracista, com a perspectiva de se tornar um exemplo para o país.
Após eleito, em novembro, o democrata apresentou um plano para enfrentamento da pandemia de Covid-19 e se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro.
Quando saiu o resultado das urnas, ele disse que saúde seria prioridade e alfinetou o rival. “O Rio vai voltar a dar certo e é uma forma de dizer um não contundente a esse governo reacionário que tomou conta da nossa cidade nos últimos quatro anos”.