Paciente ameaçado por médico com arma: “Não fazia pergunta, interrogava”
O pneumologista Enio Studart acabou preso após sacar uma arma durante a briga, na Barra da Tijuca, oeste do Rio de Janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
Vítima do médico Enio Studart, que sacou uma arma durante uma consulta, o paciente identificado apenas como Luizmar disse que desde o início do atendimento sentiu-se intimidado. “Ele não fazia pergunta, ele interrogava”, disse em relato ao portal G1.
O pneumologista Enio Studart acabou preso por usar a pistola na briga. Os dois discutiam sobre um exame para detectar a presença do coronavírus no organismo.
Luizmar contou que o médico era quase violento ao fazer as perguntas. “Nem quando a gente começava a falar do assunto, ele cortava. Ele levantou, quis tirar o jaleco pra brigar comigo e eu aceitei. (…) Aí, ele viu que eu não me acovardei, foi lá no consultório, pegou a mochila e apontou a pistola pra mim, pra eu sair dali”, disse o paciente.
A vítima do ataque havia se curado há pouco tempo da Covid-19, mas ainda não se sentia 100% de saúde. Com dificuldade para respirar e sentindo muito cansaço ao longo do dia, ele decidiu procurar um pneumologista. Após a discussão, Luizmar foi até a polícia.
Ao chegar no local, o médico já prestava depoimento, contando sua versão dos fatos aos policias. Entretanto, os investigadores estranharam e confrontaram as versões. Ao fazer buscas no carro, eles disseram ter encontrado um pequeno arsenal dentro do porta-malas de Enio: um revólver, uma pistola, duas facas, um soco inglês e munições.
Ele foi preso em flagrante por ameaça e porte ilegal de arma de fogo. A ex-esposa do médico afirmou que ele é praticante de tiro, apesar de não ter licença para portar armas.