Não faremos Carnaval se houver risco, diz liga de blocos no Rio
Realização do Carnaval ficou comprometida após confirmação de dois casos da variante Ômicron e o aumento do número de infectados pela Covid
atualizado
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Rio de Janeiro – A presidente da Sebastiana, a liga dos blocos de rua do Rio de Janeiro, afirmou que os blocos vão participar do Carnaval 2022 caso a ciência indique que não há riscos.
Rita Fernandes levanta a bandeira de que só tenha o Carnaval de rua se houver segurança para todos os foliões na capital fluminense, principalmente porque a pandemia da Covid-19 ainda segue presente na cidade.
“O que posso dizer de antemão é que não faremos nada caso haja qualquer indicação de falta de segurança para todos”, afirma, em entrevista ao Metrópoles.
A representante dos blocos vai participar, na tarde desta terça-feira (4/1), da reunião agendada com o prefeito Eduardo Paes, outras associações do Carnaval de rua e de patrocinadores.
Segundo Rita, a ideia do encontro é ouvir do secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, e do comitê científico as avaliações de cenários epidemiológicos da cidade. Só com esses pareceres é que uma decisão será tomada.
“Sem as informações diretas deles não temos como tomar nenhuma decisão. E também não vamos nos precipitar. Precisamos de uma fonte segura que nos garanta que é possível”, diz.
Ainda segundo Rita Fernandes, a decisão de colocar ou não os blocos nas ruas será submetida e validada com o colegiado das agremiações e poderá ser divulgada nesta quarta-feira. “Vamos fazer tudo dentro do que a ciência indicar”, garante.
Reunião para debater indicadores
Na manhã desta terça-feira (4/1), Soranz disse à imprensa que a realização do Carnaval, colocada à prova com a confirmação de dois casos da variante Ômicron e o aumento do número de infectados pela Covid-19 na cidade, vai depender desses indicadores.
Conforme o secretário, é preciso monitorar se o número continuar crescendo, assim como o aumento das internações e casos graves de coronavírus. Há também casos de dupla infecção Covid e Influenza, a chamada “flurona”, que também está crescendo na cidade.
“O carnaval é uma festa muito importante para a cidade, mas o panorama de número de casos vem aumentando. Esse aumento certamente muda o cenário epidemiológico e deixa cada vez mais difícil que tenhamos carnaval como antes”, diz o secretário, em entrevista coletiva na manhã desta terça.