“Não é papel do Estado se intrometer”, afirma Lula sobre religião
Candidato a presidente foi questionado se pretende fazer carta para os evangélicos e respondeu: “As pessoas já sabem que sou religioso”
atualizado
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São Paulo – Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi questionado, nesta quinta-feira (6/10), se pretende fazer carta aos evangélicos. O ex-presidente argumentou que todos já sabem que ele é religioso e que o papel do Estado é garantir a liberdade religiosa.
“Eu respeito todas as religiões, cada um professa sua fé do jeito que acredita e do jeito que quer. Eu não me intrometo e não é papel do Estado se intrometer. O papel do Estado é garantir a liberdade, e nós garantimos”, afirmou o petista na coletiva de imprensa.
O assunto religião foi tratado em conversa com jornalistas depois que o candidato do PT à Presidência da República se reuniu com políticos do PSD, no hotel Gran Mercure, na zona sul da capital paulista.
“Eu trato religião com muita felicidade. A fé e a espiritualidade de uma pessoa não podem ser motivo de paralisação política. Neste país, as pessoas já sabem quem eu sou, que eu sou uma pessoa religiosa. Eu não preciso ficar prestando conta”, defendeu Lula.
Carta para evangélicos
Ao falar especificamente sobre carta para evangélicos, o petista seguiu o mesmo discurso que usou na quarta-feira (5/10) ao ser perguntado sobre um documento para o agronegócio.
“Essas coisas a gente não precisa ficar fazendo carta. Senão vou ter de fazer carta para 500 setores da sociedade. O que tenho é um legado de oito anos de Presidência da República”, disse. “Então, me desculpe, mas eu não tenho [a intenção], a não ser que a coordenação queira.”
Lula ainda complementou: “Não dá para fazer carta. Nós temos um programa de governo, temos uma história e temos um legado, é isso que as pessoas têm que olhar”.