“Não dialogo com a morte”, diz Paes após Bolsonaro chamá-lo de ditador
Prefeito do Rio avisou que vai manter cronograma de vacinação de adolescentes, apesar de Ministério da Saúde recomendar suspensão
atualizado
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Rio de Janeiro – O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), contestou nesta sexta-feira (17/9) as críticas feitas a ele pelo presidente Jair Bolsonaro relacionadas à condução do combate à Covid.
Em live na noite desta quinta-feira (16/9), o presidente comparou Paes a um ditador por estabelecer restrições à população na tentativa de conter a pandemia. Reprovou, por exemplo, a medida que determina a obrigatoriedade de vacina contra a Covid para os servidores do município do Rio.
“Eu não dialogo com a morte”, disse Paes, na entrevista coletiva desta manhã, onde apresentou a atualização dos dados sobre a pandemia na cidade.
Na transmissão por redes sociais, Bolsonaro atacou Paes e voltou a disseminar informações falsas sobre a Coronavac: “O prefeito do Rio de Janeiro obrigando o servidor público a tomar vacina. Eduardo Paes, a Coronavac tem alguma comprovação científica? Por que você faz isso? Que maldade é essa? São os projetos de ditadores no Brasil. Um é Eduardo Paes, no Rio de Janeiro”, afirmou o presidente.
Paes apresentou a fala de Bolsonaro em um telão e, na sequência, comentou: “O que tem nos movido permanentemente é o amor à vida. As ações políticas deste governante aqui se dão a partir de gestos de compaixão, de empatia com os cidadãos que vêm passando por essa situação”.
O prefeito disse ainda que, apesar da mudança de orientação no Ministério da Saúde que deixou de recomendar a vacinação de adolescentes, a cidade do Rio seguirá com o cronograma previsto de aplicação de doses a essa faixa etária.