“Não chamo ninguém para a fila”, diz prefeito de Duque de Caxias
Moradores da cidade reclamaram que os postos de saúde não têm a segunda dose da vacina e que não conseguem completar a imunização
atualizado
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Rio de Janeiro – O município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, segue presente nas notícias de fila, caos, aglomeração e desencontro de informações.
Depois de um fim de semana sem vacinação programada, a cidade voltou, nesta segunda-feira (26/4), a imunizar as pessoas contra a Covid-19. Em algumas unidades de saúde do município, podiam ser vistas enormes filas de pedestres e carros, que começaram a se formar ainda na madrugada.
Muitos reclamaram que os postos não tinham a segunda dose da vacina e que não conseguiram completar a imunização. Outros, falaram da demora no atendimento.
Pela manhã, o prefeito Washington Reis (MDB) esteve na região do Canal do Farias, em Saracuruna, onde foi montado um posto de vacinação. Ele disse que não tinha qualquer responsabilidade de organizar a fila.
“Eu não sou hipócrita. Eu não organizo fila, eu não chamo ninguém para vir para a fila. A gente comunica pelas redes sociais. A gente não domina as pessoas. Não sabemos de onde vêm as pessoas. Eu não engano ninguém”, disse o prefeito.
Não é a primeira vez que a vacinação de Caxias causa polêmica. No começo de março, a prefeitura da cidade fluminense liberou vacinação para quem tinha mais de 60 anos antes da previsão do calendário oficial do município.
O público-alvo era de 100 mil, mas só havia 6.100 doses da vacina. A Justiça do Rio cobrou do prefeito sobre as mudanças no plano de vacinação, sob pena de multa de R$ 50 mil por dia.
No último dia 20, o RJ1, da TV Globo, flagrou, além de enormes filas, com pessoas sem máscaras aglomeradas, e sem fiscalização dos agentes públicos, falhas nas caixas térmicas usadas para acondicionar os frascos de vacina contra o novo coronavírus. Em um dos equipamentos, o termômetro de um isopor falhou e estava indicando temperatura fora da recomendada.