Namorado de médica morta diz que ouviu gritos e tentou socorrê-la
Caroline foi morta em seu apartamento com, pelo menos, 18 facadas. O suspeito é seu ex-marido, Kelson de Alencar Andrade
atualizado
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A médica Caroline Naiane Brito Barbosa morreu no último sábado (11/04), assassinada com pelo menos 18 facadas, dentro de seu apartamento, em um condomínio no bairro Primavera, em Teresina. O suspeito do crime é o ex-marido, Kelson de Alencar Andrade. No depoimento à polícia, seu atual namorado contou que ouviu gritos de Caroline.
O relato foi feito nesta terça-feira (14/04) e o namorado, que não teve a identidade revelada, disse que “escutou os gritos da vítima, saiu do banheiro e foi socorrer a vítima, mas, quando viu, o corpo estava caído na cozinha”, disse a delegada Luana Alves, coordenadora do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Luana contou ao G1 que ouviu familiares e testemunhas, que são os vizinhos da vítima. De acordo com a polícia, Caroline e o namorado estariam se relacionando há mais ou menos um mês. O ex-marido, Kelson, teria descoberto que o namorado passaria a noite com ela, foi até o apartamento e a matou na frente da filha.
“Após o crime, o suspeito, que é pai da filha da vítima, pegou a criança, que estava no apartamento, levou ela até a casa da mãe da vítima e disse: ‘Está aqui sua neta. Sua filha está lá no apartamento com um homem lá’. O homem a quem ele se referia era o atual namorado de Caroline”, contou a delegada.
De acordo com a investigação, o suspeito sofreu acidente com seu veículo quando saiu em direção ao município de Água Branca, onde morava, ele bateu contra uma carreta e morreu. A faca utilizada no crime foi apreendida e tudo indica que ela era de Caroline, porque um estojo de facas semelhantes foi encontrado no apartamento.
Foram pedidos exames no cadáver da médica e do corpo encontrado no veículo do acidente. “Pedimos exame de DNA no corpo encontrado para ver se realmente era do Kelson e a comparação da arcada dentária, que pode também ser uma possibilidade de identificação”, explicou Luana Alves.