Na volta da Lava Jato às ruas, PF prende ex-secretário de Obras do Rio
Investigação descobriu esquema de propinas envolvendo obras do BRT TransBrasil, que teve custo previsto de R$ 1,4 bilhão
atualizado
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Depois de um recesso desde o final do ano passado, equipes da Operação Lava Jato retornaram às ruas nesta terça-feira (23/1) para cumprimento de mandados de prisão no Rio de Janeiro, Brasília e em São Paulo. Entre os alvos, está o ex-secretário de Obras da Prefeitura do Rio Alexandre Pinto.
Segundo as investigações, ele é suspeito de comandar um esquema de propinas envolvendo obras do BRT TransBrasil, que teve custo previsto de R$ 1,4 bilhão.
Também foram presos preventivamente o ex-subsecretário de Obras Vagner de Costa Pereira e o doleiro Juan Luís Bertran Bittlonch. Em São Paulo foram detidos temporariamente o sócio da construtora Rui Alves Margarido e gerente administrativo da empresa, Eder Parreira Vilela.Outras pessoas estão sendo procuradas, no total são 21 mandados de busca e apreensão. A juíza substituta da 7ª Vara Criminal Federal, Caroline Vieira Figueiredo foi quem expediu as ordens.
Alexandre Pinto — cuja gestão ocorreu no governo do prefeito Eduardo Paes — já havia sido detido em agosto, durante a operação Rio 40 Graus. Porém, em novembro, foi libertado.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), com base em delações de empreiteiros, Alexandre Pinto é suspeito de cobrar 1% do valor das obras. Uma pessoa do Ministério das Cidades também é investigada porque receberia 1%, uma vez que as ações eram realizadas com recursos do governo federal.