Na TV, Patrícia Lélis tenta explicar denúncias contra Marco Feliciano
A jovem respondeu a perguntas relacionadas às ocorrências que registrou contra o deputado, nas quais o acusa de assédio sexual, tentativa de estupro, agressão e cárcere privado, mas a história ficou confusa para os convidados e para a apresentadora
atualizado
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A jornalista Patrícia Lélis concedeu uma entrevista ao programa Superpop, comandado por Luciana Gimenez. A jovem respondeu a perguntas relacionadas à ocorrência que registrou contra o deputado Marco Feliciano, na qual o acusa de assédio sexual, tentativa de estupro, agressão e cárcere privado.
Patrícia começou contando sobre como conheceu Marco Feliciano e como aconteceu a agressão e o assédio sexual pelo deputado. “Fui ao apartamento funcional dele para uma reunião que não existiu. Ele me fez uma proposta de trabalho com salário de R$ 15 mil e disse que eu teria que ser amante dele. Tentei sair do apartamento e ele me deu soco na boca e um chute na perna”, contou.No entanto, a apresentadora mostrou imagens do deputado e provas de que ele estava na Câmara dos Deputados no mesmo horário em que teria acontecido o crime. “As imagens não mostram que ele estava lá? Todo mundo viu!”, disse Luciana Gimenez. Patrícia se complicou e ironizou: “Pode ser que ele tenha tido a bênção de estar em vários lugares ao mesmo tempo”.
A apresentadora permaneceu questionando sobre provas, mas Patrícia se esquivou das perguntas e pedia a ação da Polícia Federal para investigar o caso. Segundo Patrícia, ela tirou fotos da agressão, mas perdeu tudo. Perguntada se enviou para alguém, ela disse que sim, mas que a pessoa também teria apagado.
Quando questionada o motivo de não ter procurado a delegacia, mas sim ter ido até a sede do PSC, Patrícia disse que ficou receosa de ir sozinha pela histórias que já tinha ouvido.
Vídeo
Sobre o vídeo que desmente o caso, Patrícia disse que foi coagida por Bauer, chefe de gabinete de Marco Feliciano, a gravar as imagens. Patrícia disse que foi convidada para participar de um programa por duas pessoas, mas quando chegou ao hotel, Bauer estava lá e a obrigou a fazer o vídeo. “Eu jamais gravaria um vídeo sem maquiagem. Estava horrorosa”, disse. Quem gravou o vídeo foi a filha de Bauer, chamada de Cíntia, segundo a jovem.
A apresentadora não entendeu por que ela estava sendo ameaçada, por qual motivo continuava conversando com tanta gente. Patrícia continuava a colocar mais nomes na história, incluindo um suposto agente da Abin.
“Você falou com Bauer, você falou com outro etc. Você parece uma agente da KGB. Você não tava apavorada?”, questionou Luciana. Patrícia não respondeu, disse apenas que o gerente do hotel também a perguntou se estava ocorrendo algo. No entanto, não deu tempo dela responder porque Bauer a interrompeu.
“Depois dessa confusão toda, por que você negociou dinheiro?”, perguntou Luciana. Segundo Patrícia, “como que eu chego em um senhor de idade, ex-agente da polícia, e ele vira para mim e diz: ‘Querida, eu quero te dar um dinheiro para você ficar bem'” e, mais uma vez, não respondeu à pergunta.
Boletim
Segundo Patrícia, ela não assinou nem recebeu uma cópia do boletim de ocorrência que registrou na delegacia de São Paulo. A jornalista disse que não sabe o motivo disso ter acontecido e que o escrivão errou ao colocar Bloco T no endereço de Marco Feliciano, pois ele mora no H.
A advogada de Patrícia foi ao palco tentar explicar a história. “Estamos no caso há 24h, conversei com a Simone e já apresentei algumas provas contra Feliciano. O BO foi enviado para o Supremo, a PGR pode denunciar. Estamos convictos que vai ser aceito”, disse. As provas, segundo a advogada, serão confrontadas pelos horários.
“Quero falar que existem outros casos, mas essas pessoas não têm coragem de denunciar. É difícil, é. Ele é um homem totalmente controverso. O meu apelo é: denunciem. E que a Polícia Federal entre logo no caso”, finalizou Patrícia.