Na reforma de Maia para a Câmara, número de carreiras cai de 28 para 8
Plano do presidente da Câmara prevê novos servidores ganhando em média 40% a menos do que os da ativa e redução de pessoal
atualizado
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apresentou uma proposta de reforma administrativa referente aos servidores do Legislativo federal que torna o emprego público bem menos vantajoso para os futuros contratados. Se a proposta for aprovada, os salários dos futuros funcionários serão em média 40% menores, e a progressão na carreira ficará bem mais lenta.
As condições de trabalho dos futuros servidores também podem mudar bastante. O diretor-geral da Câmara, Sergio Sampaio, explicou, no fim da tarde de quarta (2/9), que o número de cargos possíveis vai cair, segundo o plano, de 28 para 8.
“Queremos competências mais transversais”, disse ele. “Hoje tem servidor que fala ‘eu só atuo no setor tal, se você me chamar pra cá eu não vou’. Não vai mais poder fazer isso”, anunciou ele.
A reforma administrativa proposta pela Câmara não é a mesma que foi apresentada nesta quinta (3/9) em forma de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pelo governo federal.
Espera-se do Judiciário federal sua própria proposta de reforma.
Consultoria
As ideias para enxugar os gastos da Câmara são fruto de estudos de uma consultoria, a Falconi, que Maia contratou há um ano.
Seus idealizadores ainda não sabem, porém, o tamanho da economia que pode ser alcançada se as medidas forem adotadas.
Segundo o presidente da Câmara, os servidores da Casa chegam aos topos de suas carreiras em 10 anos. A ideia, segundo ele, é que sejam criados 25 passos de progressão, que seriam anuais.
“Acho que dá para votar muita coisa antes das eleições deste ano”, apostou o presidente da Câmara.