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Na espera por vaga de UTI na Grande São Paulo, 11 morrem de Covid-19

Em Taboão da Serra, além dos óbitos desde sexta-feira (5/3), outros 12 pacientes em estado grave seguem na fila

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Movimentação Hospital de Campanha Covid-19 em Osasco SP
1 de 1 Movimentação Hospital de Campanha Covid-19 em Osasco SP - Foto: Fábio Vieira/Especial Metrópoles

São Paulo – A secretária-adjunta da Saúde de Taboão da Serra (SP), na região metropolitana de São Paulo, Thamires May, afirmou nesta terça-feira (9/3) que 11 cidadãos da cidade morreram de Covid-19 desde sexta-feira (5/3) esperando uma vaga em leitos intensivos (UTI).

May afirmou à TV Globo que a cidade não consegue acessar leitos de UTI pelo sistema Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde) desde quarta-feira (3/3).

O sistema Cross gerencia a transferência de pacientes à procura de vaga em UTI no estado de São Paulo.

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“Desde o dia 3, nós não recebemos nenhuma vaga. Todas as devolutivas do estado têm sido que o plano de contingência está ativado, que os leitos estão superlotados e não há como receber a nossa demanda. Não contávamos com esse colapso na Cross e isso tem dificultado o nosso município”, relatada a secretária.

Ela ainda afirmou que o município ainda tem 16 pacientes em estado grave esperando vaga em UTI pela manhã, sendo que apenas quatro conseguiram vaga até o meio-dia.

Adaptação

De acordo com Thamires May, a cidade não conta com leitos de UTI e adaptou uma unidade de pronto atendimento (UPA) para o atendimento a quem chega com sintomas de Covid-19.

Nosso limite são os respiradores. Nós temos 10 leitos de enfermaria com suporte respiratório, mas esta semana nós chegamos a ter 14 pacientes precisando de intubação”, afirmou a secretária.

A prefeitura da cidade afirma que planeja criar mais 30 leitos de enfermaria para Covid-19. Em boletim epidemiológico do dia 8 de março, constam 49 pessoas internadas na UPA.

No dia 6 de março a cidade também adquiriu com recursos próprios uma ambulância que está sendo equipada para se “tornar uma reserva técnica de UTI” e que será utilizada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Domingos Napoli, médico gerente do sistema Cross, afirma que não há negativa no sistema de assistência à cidade e que o governo do estado triplicou o número de leitos de UTI no período da pandemia.

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