Na campanha, Lula criticou indicação de amigos para o STF; veja
Durante debate com Bolsonaro na eleição de 2022, o agora presidente Lula disse que colocar amigo e companheiro no STF é retrocesso
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acabou de indicar o seu advogado na Lava Jato, Cristiano Zanin, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), tinha um discurso diferente durante a campanha eleitoral de 2022.
Nesta semana, a internet reviveu um trecho do debate na Band com o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), em que Lula lembra das interferências do regime militar no STF e critica a indicação de amigos e companheiros para a instância mais alta do judiciário brasileiro.
“Eu estou convencido que tentar mexer na Suprema Corte para colocar amigo, para colocar companheiro, para colocar partidário, é um atraso, é um retrocesso que a república brasileira já conhece, já conhece muito bem, e eu sou contra”, declarou Lula na época.
Veja o vídeo:
Lula escolheu Zanin para ocupar a cadeira deixada por Ricardo Lewandowski, que se aposentou em 11 de abril deste ano. Zanin ficou famoso nacionalmente por ser advogado de Lula nos processos da Lava Jato.
Ainda no debate da eleição, Lula disse que “não é prudente, não é democrático, um presidente da república querer ter os ministros da Suprema Corte como amigos”.
“Você não indica um ministro da Suprema Corte para votar favorável a você ou te beneficiar. Os ministros da Suprema Corte têm que ter currículo, as pessoas têm que ter história, têm que ter biografia e essa gente tem que fazer o que precisa ser feito”, disparou Lula no debate do ano passado.
Na quinta-feira (1º/5), Lula escreveu no Twitter que “já era esperado que eu fosse indicar o Zanin para o STF, não só pela minha defesa, mas porque eu acho que se transformará em um grande ministro da Suprema Corte”.