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Na Bélgica, Lula diz: “Só venezuelanos podem resolver problema do país”

Presidente Lula participou de encontro com representantes do governo e da oposição venezuelana às margens da Celac, em Bruxelas, na Bélgica

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Ricardo Stuckert/Presidência da República
O presidente Lula durante reunião em Bruxelas
1 de 1 O presidente Lula durante reunião em Bruxelas - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta segunda-feira (17/7) de uma reunião com representantes do governo e da oposição da Venezuela. O encontro ocorreu às margens da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica.

Pelo governo venezuelano, participou a vice-presidente do país, Delcy Rodríguez, e Gerardo Blyde representouo a oposição venezuelana. Também participaram do encontro os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Gustavo Petro (Colômbia) e Emmanuel Macron (França).

Segundo o Palácio do Planalto, a situação na Venezuela e as relações internacionais do país foram tema da agenda, que durou cerca de uma hora e meia.

Durante o encontro, o presidente Lula voltou a falar que o país é o responsável pela resolução de seus próprios problemas, segundo informações do jornal O Globo confirmadas pelo Metrópoles. “Só os venezuelanos podem resolver o problema do país”, ressaltou o petista.

A possibilidade de um acordo para as eleições do ano que vem na Venezuela foi defendida na agenda. A atual situação política do país e as sanções impostas no regime também foram discutidas.

“Democracia é relativa”

No mês passado, durante uma entrevista à Rádio Gaúcha, Lula foi questionado sobre o motivo pelo qual setores da esquerda defendem o governo da Venezuela. Na ocasião, Lula disse que o conceito de democracia é “relativo”.

“A Venezuela tem mais eleições do que o Brasil. O conceito de democracia é relativo para você e para mim”, afirmou o presidente.

Apesar de o regime venezuelano realizar eleições, diversas organizações internacionais denunciam a violação de direitos humanos na gestão de Nicolás Maduro.

O Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda, investiga o governo venezuelano por perseguir, prender e torturar milhares de opositores desde 2017. A Organização das Nações Unidas (ONU) se recusou a enviar observadores internacionais à eleição de Maduro, em 2018, após ele ter proibido os principais rivais de participarem do pleito. À época, a oposição denunciou fraudes e compras de votos.

A fala de Lula foi criticada até mesmo pelo entorno do presidente e gerou mal-estar na cúpula do governo. Segundo relatos colhidos pelo Metrópoles, ao mesmo tempo que aliados classificam a declaração do presidente como um “equívoco”, eles estudam formas de “blindar” Lula e evitar novas polêmicas.

Não é a primeira vez que Lula é criticado por falas sobre a Venezuela. Em maio, após recepcionar Maduro no Palácio do Planalto, o petista afagou o aliado político e afirmou que as acusações de que a Venezuela vive uma ditadura fazem parte de uma “narrativa”.

Na ocasião, a declaração gerou repercussão negativa, sobretudo de chefes de Estado que vieram ao Brasil a convite de Lula. Os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e do Uruguai, Luis Lacalle Pou, por exemplo, discordaram do posicionamento do petista.

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