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Municípios pedem que União reconheça estado de calamidade na Bahia

Confederação Nacional de Municípios (CNM) pede rito sumário, mais rápido, para decretos municipais de calamidade

atualizado

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Isac Nóbrega/PR
enchentes no Estado da Bahia--14
1 de 1 enchentes no Estado da Bahia--14 - Foto: Isac Nóbrega/PR

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) encaminhou ofício ao Ministério de Desenvolvimento Regional em que solicita urgência sobre os decretos municipais de calamidade nos locais afetados pelas chuvas na Bahia.

A CNM pede o reconhecimento em “rito sumário”, mais rápido que o habitual e sem burocracias, pela urgência da situação. Com o reconhecimento da calamidade pública, os municípios afetados podem solicitar recursos para reconstruir as cidades atingidas.

A situação de emergência já foi declarada por 72 municípios da região e aceita a nível estadual, mas não pela União.

De acordo com a Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec/BA), são 16 mil pessoas desabrigadas e 19 mil desalojadas até o momento. Mais de 430 mil cidadãos já foram afetados.

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De acordo com climatologistas, as tempestades na Bahia têm a ver com a combinação de dois fenômenos distintos
O primeiro deles trata-se de um corredor de umidade que surge na Amazônia e vai em direção à Bahia, ao Rio de Janeiro e a São Paulo
O segundo é a formação de uma área de baixa pressão no Oceano Atlântico, próximo à região costeira do Brasil, que evoluiu para um sistema denominado depressão subtropical
A depressão subtropical é um evento meteorológico que gira no sentido horário e é marcado pela formação de nuvens, ventos, tempestades e agitação marítima
Segundo especialistas, a depressão subtropical é algo atípico e ainda possui condições de evoluir para uma tempestade tropical
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De acordo com climatologistas, as tempestades na Bahia têm a ver com a combinação de dois fenômenos distintos

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O primeiro deles trata-se de um corredor de umidade que surge na Amazônia e vai em direção à Bahia, ao Rio de Janeiro e a São Paulo

Igo Estrela/Metrópoles
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O segundo é a formação de uma área de baixa pressão no Oceano Atlântico, próximo à região costeira do Brasil, que evoluiu para um sistema denominado depressão subtropical

Fernando Frazão/Agência Brasil
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A depressão subtropical é um evento meteorológico que gira no sentido horário e é marcado pela formação de nuvens, ventos, tempestades e agitação marítima

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Segundo especialistas, a depressão subtropical é algo atípico e ainda possui condições de evoluir para uma tempestade tropical

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Na Bahia, o sul foi a região que teve chuvas mais volumosas

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No dia 9 de dezembro, o governo do estado decretou situação de emergência para 24 cidades. O objetivo é mobilizar todo o aparato público para apoiar as ações de socorro à população

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Em alguns municípios, foram registradas inundações e as pessoas tiveram que deixar suas casas

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Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram cidades totalmente inundadas

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As mais atingidas foram Jucuruçu e Itamaraju, que ficam no sul do estado

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De acordo com Rui Costa (PT), governador da Bahia, os dois municípios "estão praticamente embaixo d'água"

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Autoridades orientam que os moradores dos locais afetados se abriguem em áreas mais altas e solicitem ajuda

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Segundo a Defesa Civil da Bahia, os temporais deixaram 26 mortos e pelo menos 60 mil pessoas desabrigadas

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A Confederação recomenda aos gestores locais que “solicitem a integração dos três entes nas ações de socorro e assistência humanitária, além de buscar o apoio técnico da União para avaliar os prejuízos causados. A CNM orienta que a anormalidade seja reconhecida a nível estadual e federal.

Tragédia

O número de pessoas mortas em consequência das fortes chuvas que atingiram a Bahia nos últimos dias subiu de 18 para 20. Mais de 430 mil habitantes do estado foram afetados pelos temporais.

As informações estão sendo divulgadas pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec), que contabilizou 18 mortes. As duas vítimas mais recentes foram registradas pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna.

A 19ª vítima foi identificada como Felipe Duarte Garcia, de 21 anos, que residia no bairro Jorge Amado. O jovem estava desaparecido desde o último domingo (26/12). Seu corpo foi encontrado às margens do Rio Cachoeira, nas proximidades do bairro Urbis IV. De acordo com moradores, Felipe foi carregado pela correnteza enquanto passava pela BR-415.

A 20ª vítima é Maria das Neves Souza dos Santos, 33. A mulher morava na Vila da Paz, uma região ribeirinha entre a BR-415 e o Cachoeira, na saída de Itabuna para Ilhéus. A estrutura da casa onde Maria residia desabou sobre ela na madrugada de domingo.

Nesta segunda-feira (27/12), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), prometeu que vai reconstruir as casas das mais de 16 mil pessoas desabrigadas após tempestades.

 

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