Municípios de Santa Catarina são os primeiros a garantir acesso à Coronavac
Federação Catarinense de Municípios assina protocolo de intenções nesta quinta-feira (10/12). Belo Horizonte também está na fila
atualizado
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São Paulo – A expectativa de que a vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac seja a primeira disponível no Brasil tem promovido uma corrida em busca do imunizante. Nesta quinta-feira (10/12), a Federação Catarinense de Municípios e o instituto assinam oficialmente o primeiro acordo que vai liberar o acesso à Coronavac para fora de São Paulo.
O documento servirá como modelo para os demais protocolos de intenção que o instituto pretende fechar. De acordo com o governo paulista, há pelo menos oito estados e outros municípios, como Rio de Janeiro e Curitiba, interessados na vacina. Na quarta-feira (9/12), mais um entrou na lista. A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou que fechou acordo com o instituto.
Tanto a capital mineira quanto os municípios de Santa Catarina ressaltam que têm interesse no Plano Nacional de Imunização, coordenado pelo Ministério da Saúde, mas também procuram soluções mais rápidas.
“Em cenário de incerteza sobre o Plano Nacional de Imunização, em meados de novembro nós agilizamos e tratamos de sinalizar que os municípios desejam o acesso a vacina”, afirma o presidente da Fecam, Paulo Roberto Weiss, em nota. Segundo a Fecam, a Coronavac é a mais barata (cerca de R$ 60 as duas doses) e exige condições mais favoráveis de logística e armazenamento.
Belo Horizonte
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que pretende garantir a imunização à população “tão logo” a vacina seja aprovada. O imunizante está na fase 3 de testes. A promessa do governo de São Paulo é apresentar os resultados da conclusão do estudo no próximo dia 15 e, em seguida, pedir imediatamente o registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“A Prefeitura de Belo Horizonte reafirma a expectativa de poder contar com o Programa Nacional de Imunização, coordenado pelo Ministério da Saúde, independentemente de qual vacina seja aprovada. No entanto, caso as vacinas do Butantan ou da Pfizer estejam disponíveis primeiro, a Prefeitura conta com as parcerias para iniciar a imunização dos grupos de risco o quanto antes”, ressalta.
Na segunda-feira (7/12), ao anunciar o calendário de vacinação para São Paulo, o governador João Doria afirmou que oferecerá 4 milhões de doses da Coronavac a outros estados. O governador também afirmou que qualquer brasileiro que estiver em solo paulista e solicitar receberá a vacina. Não será preciso apresentar comprovante de residência.
Apesar do otimismo de Doria, a Anvisa informou que registro da vacina pode atrasar. Após a divulgação do calendário, a agência informou que ainda está analisando os documentos que recebeu, que o relatório da inspeção da fábrica da Sinovac na China deve ficar pronto entre 30 de dezembro e 11 de janeiro e reforçou a necessidade dos dados da fase 3.