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Munição do Bope acabou em duas horas no Alemão, diz porta-voz da PM

Agentes usaram toda a munição nas primeiras duas horas de operação no Complexo do Alemão, no RJ. Confrontos duraram mais de 13 horas

atualizado

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Complexo do Alemão- Rj-munição do Bope acabou em duas horas
1 de 1 Complexo do Alemão- Rj-munição do Bope acabou em duas horas - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro- Os confrontos no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, deixou 19 mortos e centenas de cápsulas espalhadas pelos becos da comunidade. Segundo o porta-voz da PM, o tenente-coronel Ivan Blaz, o poder bélico dos criminosos fez com que a munição dos agentes acabasse nas duas primeiras horas de operação.

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Solange Mendes, 49, (esquerda) e Letícia Marinho de Sales, 50, (direita) morreram na quinta ação mais letal do Rio de Janeiro
Moradores foram impedidos de sair de casa devido ao intenso tiroteio
Confrontos duraram mais de 13 horas no primeiro dia
Carro retira corpos da comunidade após ação policial no Complexo do Alemão
Moradores retiram corpos da comunidade
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Bope usou toda a munição nas primeiras duas horas de operação

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Solange Mendes, 49, (esquerda) e Letícia Marinho de Sales, 50, (direita) morreram na quinta ação mais letal do Rio de Janeiro

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Moradores foram impedidos de sair de casa devido ao intenso tiroteio

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Confrontos duraram mais de 13 horas no primeiro dia

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Carro retira corpos da comunidade após ação policial no Complexo do Alemão

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Moradores retiram corpos da comunidade

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Blindado da polícia no Complexo do Alemão, durante operação conjunta nesta quinta-feira (21/7)

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Rajada de tiros é disparada em direção a helicóptero da polícia

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PM e Civil fazem operação conjunta no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio

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Solange Mendes, 49, moradora do Complexo do Alemão

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A mulher foi baleada e morta no segundo dia de confrontos na comunidade

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Letícia Marinho de Sales, de 50 anos, foi uma das vítimas da quarta operação mais letal do Rio de Janeiro, no Complexo do Alemão

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Letícia Marinho de Sales tinha três filhos

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“Ontem (quinta-feira), por volta das 7h30, a munição do Bope já havia sido totalmente consumida dada a intensidade do confronto armado que se deu no Complexo do Alemão. A gente fala muito na Operação do Salgueiro, que durou a noite inteira de confronto. Mas (nela) não foi consumida a quantidade de munição que foi consumida ontem no Alemão. Eu estou falando de uma ordem de grandeza de centenas de fuzis. Não estou contando nem o contingente humano. Só falo de fuzis naquela região. Você vê equipamentos táticos impetrados pelos criminosos, barricadas medievais sendo colocadas, com espeto, soltas etc. São investimentos feitos naquela região para uma guerra”, disse à TV Globo o porta-voz da PM.

A operação está no segundo dia e ao menos três inocentes morreram: duas mulheres e um PM. Nesta quinta-feira (21/7), o tiroteio durou mais de 13 horas, impedindo que moradores fossem para seus trabalhos e crianças à escola. A PM afirma que 16 dos 19 mortos, eram suspeitos.

Letícia Marinho Salles, de 50 anos, que morreu baleada dentro de um carro durante os confrontos, era amiga pessoal da mãe de Blaz. O cabo da PM Bruno de Paula Costa, de 38, deixa três filhos, sendo dois deles autistas.

“A senhora Letícia Marinho era amiga da minha mãe, aqui no Recreio. Minha mãe ontem ficou muito abalada com a morte de sua amiga. Eu já estava muito triste com a morte do cabo De Paula que deixa dois filhos autistas. Como essa mãe vai tocar a vida sozinha sem o seu marido agora? Eles dois acabam por representar um custo nessa operação. Não há resultado operacional que vá mostrar, que seja comemorado com a morte desses dois inocentes”, lamentou o porta-voz da PM.

A ação realizada pelo Bope e pela Core é a quarta mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo dos agentes, segundo a PM, seria combater o roubo de veículos, de carga e a bancos. “Precisamos entender que operações como essa representam enxugar gelo. Mas é fundamental que tenhamos alguém para enxugar esse gelo, porque se não a sociedade vai morrer afogada”, disse o tenente-coronel.

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