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G20: Lula diz que “mundo está pior” e critica investimento em guerras

Presidente citou investimento em guerras e fenômenos climáticos extremos: “Maior número de conflitos desde a Segunda Guerra”

atualizado

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Lula discursa na abertura do G20
1 de 1 Lula discursa na abertura do G20 - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu a cúpula do G20, o Grupo dos Vinte, na manhã desta segunda-feira (18/11), no Rio de Janeiro. Este é o último ato do Brasil à frente da liderança rotativa do bloco, que passará a ser presidido pela África do Sul. A primeira atividade do mandatário da República foi o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.

Durante o discurso, Lula afirmou que o planeta piorou. “O mundo está pior. Temos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial. Os fenômenos climáticos extremos mostram seus efeitos devastadores em todos os cantos do planeta”, afirmou o presidente.

Lula destacou que o principal objetivo do Brasil à frente do G20 é o combate à fome. Nesse contexto, o mandatário brasileiro realizou o lançamento da Aliança Global Contra a Fome.

“Por isso, colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma aliança global contra a fome e a pobreza. Este será o nosso maior legado. Não se trata apenas de fazer justiça. Essa é uma condição imprescindível para construir sociedades mais prósperas e um mundo de paz”, disse o presidente.

O chefe do Executivo federal destacou que o “Brasil sabe que é possível com a participação ativa da sociedade civil [mudar o cenário da fome]. Nós concebemos e implementamos o programa de inclusão social de fomento da Agricultura familiar e da segurança alimentar e nutricional, como o nosso Bolsa Família e o Programa Nacional de Alimentação Escolar”.

Lula também mencionou que, em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU e ressaltou que, em 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, voltou ao mapa.

“Conseguimos sair do Mapa da Fome da ONU em 2014, para o qual voltamos em 2022, em um contexto de desarticulação do estado do bem-estar social. Foi com tristeza que, ao voltar ao governo, encontrei um país com 33 milhões de pessoas famintas. O retorno desses programas já retirou mais de 24,5 milhões de pessoas da extrema pobreza”, afirmou Lula.

“Até 2026, novamente, sairemos do Mapa da Fome. E, com a Aliança, faremos muito mais por aqueles que sempre foram invisíveis. Eles estarão no centro da agenda internacional. Já contamos com adesão de 81 países, 26 organizações internacionais, novas instituições financeiras e 31 fundações filantrópicas e organizações não governamentais”, concluiu o presidente brasileiro.

G20

Começou nesta segunda-feira a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, com a participação de dezenas de chefes de Estado. Ao longo de dois dias, o grupo vai discutir os temas prioritários da presidência brasileira e, ao fim do evento, deve entregar declaração com os principais pontos acordados.

Entre as pautas prioritárias do governo Lula à frente do grupo, estão a taxação dos super-ricos e o combate à fome. A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa que visa ampliar políticas de transferência de renda para populações vulneráveis, tem como meta alcançar 500 milhões de pessoas até 2030.

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