Mulheres são condenadas por torturar e extorquir clientes em Goiás
Além delas, uma motorista de aplicativo também foi condenada por participação nos crimes. Cinco vítimas procuraram a polícia
atualizado
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Goiânia – Duas mulheres transexuais, de 28 e 33 anos, foram condenadas a 32 anos e seis meses de prisão por extorquir dinheiro, torturar com choque e ameaçar clientes em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Além delas, uma motorista de aplicativo também foi condenada por participação nos crimes. Segundo a polícia, ao todo, cinco vítimas procuraram a corporação. Ainda cabe recurso da decisão.
As condenações aconteceram na quinta-feira (14/7), pela 3ª Vara Criminal de Rio Verde. Elas devem responder pelos crimes de extorsão, roubo e associação criminosa. Já presas desde outubro de 2021, também deverão reparar os danos causados às vítimas. A motorista foi condenada a um ano em regime aberto por ajudar no crime.
O caso
Conforme a denúncia das vítimas, as mulheres marcavam encontros com homens por meio de aplicativos de relacionamento, se passando por garotas de programa. Depois disso, as vítimas que tem idades entre 20 e 35 anos, eram ameaçados, torturados com choque e obrigados a transferir dinheiro para as contas das acusadas. Clientes relataram transferências de até R$ 1,7 mil.
“Uma começou a me torturar e mandou os outros ligarem o som, fecharem a janela, me fechou em um cômodo e começou a me dar choque para eu fazer a transferência. ‘Vou passar para a sua esposa que você sai com travestis, com trans’”, disse a vítima, que preferiu não se identificar, à TV Anhanguera.
Segundo o relato de outro cliente à Polícia Civil, ele chegou ao local após marcar encontro com uma mulher, mas se deparou com três transexuais e um homem no local indicado. O cliente relatou à PC que foi agredido com socos, chutes e torturado com uma arma de choque.
Investigação
As criminosas foram presas em outubro do ano passado. Depois disso, durante uma abordagem ao carro das suspeitas, policiais civis acabaram baleando um homem, que morreu.
À época, a PCGO informou que o jovem, de 27 anos, era suspeito de integrar a organização que praticava os crimes de extorsão. Ainda de acordo com a corporação, o grupo fez vítimas em outros estados. Depois de atrair os homens, as suspeitas criavam uma confusão para iniciar a extorsão. Na maioria das vezes, o conflito começava quando elas alegavam que o cliente era preconceituoso.